TJ mantm priso de policiais por desviar uma tonelada de cocana em MT

 

A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve as prisões dos investigadores da Polícia Judiciária Civil (PJC), Antônio Mamedes Pinto de Miranda e Luismar Castrillon Ramos. Ambos são alvos da operação “Efialtes”, suspeitos de desviar mais de uma tonelada de cocaína já apreendidas e que seria incinerada pelas forças de segurança de Mato Grosso.

Os magistrados da Primeira Câmara seguiram por unanimidade o voto do desembargador Marcos Machado, relator do habeas corpus ingressado pelo advogado que representa quatro indiciados na justiça – além dos investigadores, duas pessoas identificadas como Ariovaldo Marques de Aguilar e Valeria Leite Ribeiro do Espirito Santo. A sessão de julgamento ocorreu na tarde desta terça-feira (14).

Em seu voto, o desembargador Marcos Machado entendeu não ser possível suspender o decreto de prisão, ou substituir a detenção por outras medidas cautelares, em razão dos supostos crimes que pesam contra a quadrilha. O magistrado citou nominalmente o “desaparecimento” de uma tonelada de cocaína que já estava apreendida, e que seria incinerada.

As investigações revelam que as drogas foram substituídas por isopor, gesso e areia. Marcos Machado também lembrou que a operação “Efialtes” cumpriu 39 mandados de prisão, determinou o sequestro de 14 imóveis, o bloqueio de 42 contas bancárias, além do cumprimento de 59 mandados de busca e apreensão.

Segundo as investigações, as ordens judiciais foram cumpridas nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Maranhão, Tocantins e Goiás. As suspeitas das forças de segurança mato-grossenses começaram há quase um ano, após a Corregedoria-Geral da PJC constatar a violação dos invólucros de cocaína apreendida que seria incinerada na Delegacia Especializada da Fronteira (Defron), em 19 de abril de 2022, no município de Cáceres (222 KM de Cuiabá).

A equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e fez a análise de todos os lacres e embalagens armazenadas no local, assim como as embalagens violadas que foram constatadas durante a incineração. Com os laudos periciais concluídos, foi confirmada que a droga apreendida, lacrada e armazenada na Defron, havia sido substituída pelos tabletes de isopor, gesso e areia.

A investigação apontou ainda que o material usado para substituir as drogas foi feito com o objetivo de confundir, produzido com formato semelhante e com a mesma cor de embalagem. Por exemplo, se a droga acondicionada tinha sido embalada com material de cor amarela, o tablete usado para substituí-la também era feito da mesma forma. 

FONTE: Folha Max

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