O governador Mauro Mendes chamou de “vagabundagem” e “roubalheira de dinheiro” o que foi encontrado na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá pelo Gabinete de Intervenção do Estado, que passou a gerir a pasta. O gestor estadual explicou que irá demorar algum tempo para que a população da capital possa sentir alguma diferença no atendimento nas unidades de saúde por conta do caos vivido no setor.
As declarações de Mauro Mendes foram feitas durante a abertura do Show Safra, realizado na noite de segunda-feira (20), em Lucas do Rio Verde. O governador comentou inclusive o anúncio feito pelo Ministério Público Federal (MPF), de que irá acompanhar o desenrolar das ações durante o período de intervenção, já que existem verbas federais que, supostamente, não estariam sendo encaminhadas para hospitais como o Hospital Geral Universitário e o Hospital do Câncer de Mato Grosso.
“O que sobrou em Cuiabá foi vagabundagem, roubalheira de dinheiro, o que sempre aconteceu ali na saúde e em outros lugares. A roubalheira correu solta, todo mundo sabe disso. Eu espero que o Ministério Público e o Tribunal de Contas façam seus papéis e coloquem quem roubou dinheiro da saúde e de outros lugares na cadeia. Pessoas morreram, pessoas padeceram e agora temos a difícil missão de tentar começar a consertar isso. Fico feliz que o MPF esteja investigando. E já digo a eles: teve muito dinheiro federal, do Teto MAC roubado da saúde de Cuiabá. Pode investigar à vontade, que esse caos na saúde, boa parte, foi pela roubalheira que fizeram com a saúde de Cuiabá”, afirmou.
Mauro Mendes comentou também sobre a indicação da interventora Daniella Carmona para o comando do Gabinete de Intervenção. Segundo o governador, a opção por trocar o ex-interventor, Hugo Martins, se deu pela diferença do perfil da intervenção, com um foco voltado mais para a saúde e não para análise de contratos, que demanda um perfil mais jurídico.
“Ela é da saúde, conhece a saúde, foi secretária executiva da Secretaria de Estado de Saúde. Trabalhou na saúde de Cuiabá e conhece bem a rede. Acredito que ela possa dar uma boa contribuição como gestora. O Hugo Fellipe Martins, antigo interventor, tinha uma postura mais jurídica, mais de retaguarda, de assessoramento, como tem que ser o trabalho de um procurador. Iniciamos o trabalho na semana passada. A saúde estava um verdadeiro caos, aliás, ainda está, porque não existe milagre. Vai algum tempo para reorganizar a bagunça que vem de tantos anos”, completou.
FONTE: Folha Max