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Apesar de ter ensaiado candidatura à Presidência da Assembleia no início deste ano e não esconder a cobiça pelo cargo no próximo pleito, o deputado estadual Max Russi (PSB) torce para que a composição atual da Mesa Diretora seja mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte retomou na semana passada o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que questiona a recondução de Eduardo Botelho (União Brasil), pela 4ª vez consecutiva, à Presidência da Assembleia.
À imprensa, nesta semana, Max – que está como primeiro secretário da Casa – disse não cogitar a hipótese do STF mudar o entendimento já externado em dezembro a respeito do caso e pontuou que uma mudança e disputa à essa altura o impediria de competir pelo cargo em 2024, com vistas à gestão no próximo biênio (2025/2026). Isso frustraria os planos do parlamentar de se projetar, por exemplo, para as eleições de 2026.
“Não quero pensar nessa hipótese. É muito ruim você fazer uma análise antes do julgamento. Eu espero e estou torcendo para que não mude nada. Já tivemos uma eleição e estou bastante tranquilo. Eu penso em disputar a próxima, daqui a dois anos. Se disputar agora, não poderei disputar a próxima, por causa da Emenda Constitucional do Estado. Então, vamos aguardar e torcer para que seja mantido da forma que está”, disse.
Max pontuou que seguirá aguardando os desdobramentos do caso, crendo em uma decisão favorável pela continuidade do atual chefe do Parlamento. A ministra Carmén Lucia e o ministro Alexandre de Moraes já votaram contra a recondução consecutiva. O ministro Gilmar Mendes pediu vista do processo e o julgamento foi suspenso, sem data prevista para ser retomado.
“Teve o pedido de vista e acho que pode ter um desdobramento diferente nessa ação, porque ainda temos mais nove [votos] para acontecer até o final do julgamento”, destacou.
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Botelho pede igualdade de critério
O presidente Eduardo Botelho se pronunciou sobre o julgamento mais cedo nesta semana, cobrando critérios iguais do STF após os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Carmén Lucia contra a sua recondução ao posto máximo do Parlamento. Ele citou que um acórdão definiu que a inegebilidade seria proferida a partir da publicação, impedindo a recondução ao cargo após dois mandatos. Sendo assim, ele não seria afetado, como é o caso do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (ALPR), Ademar Traiano (PSD), reeleito pela 5ª vez à Mesa Diretora.
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra Traiano, o STF definiu que só cabe uma reeleição ou recondução consecutiva dos membros da Mesa. No entanto, acrescentou que, para fins de inelegibilidade, não seriam consideradas as Mesas Diretoras eleitas antes de 7 de janeiro de 2021.
A eleição de Botelho para comandar a Casa pela terceira vez, no biênio 2021-2022, ocorreu em junho de 2020, prazo anterior ao fixado pelo STF.
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FONTE: SEMANA7