terça-feira, setembro 9, 2025

Chanceler do Japão pede libertação de cidadão detido durante negociações na China


Yoshimasa Hayashi se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, neste domingo (2). O ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, encontra-se com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, em Pequim
Kyodo/via Reuters
O ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, pediu neste domingo (2) a Pequim a libertação de um japonês detido na China na semana passada por “razões desconhecidas”, segundo o governo japonês.
O pedido aconteceu em um encontro entre Hayashi e o diplomata chinês Qin Gang na capital chinesa. Foi a primeira visita de um chanceler japonês à China em mais de três anos, em meio à tensão crescente na região por conta da guerra da Ucrânia – o Japão tem se alinhado ao Ocidente, enquanto o governo chinês, à Rússia.
A detenção do cidadão do Japão foi comunicado na semana passada pela farmacêutica Astellas Pharma – ele é funcionário da empresa. Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo News, pelo menos outros 16 cidadãos japoneses foram detidos na China sob suspeita de envolvimento em atividades de espionagem desde 2015.
“Fiz um protesto contra a recente detenção de um japonês em Pequim e enfatizei nossa posição sobre o assunto, incluindo a libertação antecipada desse cidadão”, disse Hayashi após sua reunião com Qin.
Ele acrescentou que o Japão está buscando transparência sobre o processo legal referente às detenções, mas não deu detalhes sobre a reação da China.
ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, se encontra com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, durante sua reunião na Diaoyutai State Guesthouse em Pequim, China, nesta foto tirada pela Kyodo em 2 de abril de 2023.
Kyodo/via Reuters
Preocupação com militarização chinesa
Hayashi também disse que transmitiu as graves preocupações do Japão sobre o aumento da atividade militar da China, incluindo sua proximidade com a Rússia e sua presença marítima no Mar da China Oriental.
“Ambos afirmamos a importância de continuar a dialogar sobre questões que incluem a segurança nacional”, disse Hayashi, acrescentando que falou com Qin sobre a “importância de garantir a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan”.
A tensão regional tem aumentado também em relação a Taiwan, que Pequim reivindica como seu próprio território. A China nunca renunciou ao uso da força para colocar Taiwan sob seu controle.
O governo eleito democraticamente em Taipei rejeita as reivindicações de Pequim e diz que apenas seu povo pode decidir seu futuro.
O Japão também apresentou uma queixa diplomática em agosto depois que cinco mísseis balísticos lançados pelos militares chineses caíram na zona econômica exclusiva do Japão, perto de ilhas disputadas conhecidas como Senkaku no Japão e Diaoyu na China.
Embora o Japão e a China tenham suas diferenças, ambos concordaram em reiniciar as negociações trilaterais com a Coreia do Sul, disse Hayashi, chamando o acordo de “uma conquista importante” de seu encontro com Qin.
“Concordamos em continuar nos comunicando de perto em vários níveis, incluindo os níveis ministerial e de liderança”, acrescentou Hayashi.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente chinês, Xi Jinping, se encontraram à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em novembro passado, marcando as primeiras conversas em nível de liderança em quase três anos.

FONTE: Lapada Lapada

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