A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou pedido de habeas corpus e manteve a prisão preventiva de Thaisa Almeida de Souza, mulher de Sandro da Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”, apontado com o líder do Comando Vermelho em Mato Grosso. A decisão é da última quarta-feira (29).
Thaisa Rabelo foi presa durante a deflagração da Operação Ativo Oculto, deflagrada na última quinta-feira (24), suspeita de ter cometido crimes como os de lavagem de dinheiro. As investigações apontaram que, enquanto ele mantinha o controle da organização criminosa, mesmo preso, ela atuava como braço ‘social’ da facção, angariando novos membros.
A defesa usou como argumentos que Thaisa é mãe de um menor de 12 anos e que foi detida após passar por procedimentos estéticos, onde a recuperação necessita de cuidados especiais no pós operatório. Thaísa é chamada dentro da facção como “patroa”.
SEGUNDA FASE
Na manhã desta segunda-feira (3), O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar, deflagrou a segunda fase da operação Ativo Oculto, com objetivo de cumprir mandados de prisão temporária de pessoas investigadas por serem operadoras financeiras de uma organização criminosa. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, incluindo o da advogada Adriana Borges de Souza da Mata”.
A primeira fase da operação foi desencadeada no dia 23 de março de 2022, fundamentada em investigação instaurada pelo Gaeco visando apurar delitos de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores auferidos em decorrência das atividades de uma organização criminosa. Nessa fase, foram cumpridos 22 mandados de prisão e 125 mandados de apreensão, apreendidos 89 aparelhos celulares, 11 armas de fogo, 12 veículos e R$ 180 mil em dinheiro.
Ainda na primeira fase, os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D´Oeste, Araputanga, Barra do Bugres, Arenápolis, Sinop e Rondonópolis. Também foram cumpridas ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e Rondônia.
FONTE: Folha Max