quinta-feira, março 13, 2025

Ministro de MT critica invasões do MST e defende armas para homem do campo

 

Em meio ao início do abril vermelho, no qual o Movimento Sem Terra (MST) promete intensificar ações, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou a invasão de propriedades produtivas por parte do movimento. Nesta terça-feira, 250 integrantes do MST ocuparam 800 hectares de três engenhos no município de Timbaúba, em Pernambuco.

Em meio ao início do abril vermelho, no qual o Movimento Sem Terra (MST) promete intensificar ações, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou a invasão de propriedades produtivas por parte do movimento. Nesta terça-feira, 250 integrantes do MST ocuparam 800 hectares de três engenhos no município de Timbaúba, em Pernambuco.

O ministro também teceu elogios ao que chamou de “belíssimo papel” e “belíssimo trabalho do MST” ao relatar visitas a cooperativas vinculadas ao movimento no Paraná. 

— Não precisa desvincular do sonho da terra, da luta por um pedaço de terra. Mas pode pensar no passo seguinte, da qualificação, do cooperativismo, e ter o apoio do governo — disse o Fávaro, antes de reforçar. — Este é um governo que tem as portas abertar para o MST dialogar e reivindicar um pedaço de terra. Invasão, não.

Segundo o MST, a ocupação em Pernambuco se deu porque a terra em questão não estaria cumprindo sua “função social, que é produzir alimentos para a sociedade”. A nota sobre a ação, porém, atribui somente a “fontes”, sem especificá-las, a informação de que a área seria improdutiva.

Em sua fala, Fávaro repetiu declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha ao defender que o homem do campo tenha direito a manter “uma ou duas armas” e “um pouco de munição” para fazer o que chamou de “primeira defesa”.

— Ele está a 50, cem quilômetros da cidade. Se ele ligar no 190, dá tempo de o bandido barbarizar, fazer o que quiser dentro da propriedade. Roubar, bater, espancar e não chegou a polícia ainda. Então, se a criminalidade tiver a certeza de que lá no campo não tem nenhuma arma, a vulnerabilidade é certa, e o risco do homem do campo é iminente — discorreu o titular da Agricultura, que também pregou “equilíbrio”. — O homem do campo vai continuar tendo direito de ter uma arma, duas, Um pouco de munição. Mais do que isso é exagero.

O Abril Vermelho é uma tradição do MST e marca a data do massacre de Eldorado do Carajás (PA), quando 19 trabalhadores sem terra foram mortos pela polícia em abril de 1996. Neste ano, o movimento promete “a retomada massiva das ocupações de terras, após o período mais severo da pandemia da Covid-19, em que teve como prioridade zelar pela vida das famílias”.

Em reação, a bancada do agronegócio lançou a “Semana de combate à invasão de propriedade rural”. “A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tem denunciado invasões de propriedades rurais e trabalhado em soluções para punir criminosos. A bancada tem defendido a atuação firme das autoridades competentes para coibir as ocupações e garantir a segurança do campo brasileiro”, publicou o grupo nas redes sociais.

FONTE: Folha Max

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