O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta quarta-feira (5) a lista de empresários e empregadores suspeitos de submeter seus funcionários ao trabalho escravo. De acordo com informações do MTE, 33 trabalhadores de Mato Grosso estavam submetidos ao trabalho escravo, segundo o último levantamento do órgão.
A maior ocorrência identificada é na Granja Battisti, da Construtora Portal, localizada em Tangará da Serra (245 Km de Cuiabá), com 14 trabalhadores vítimas. Já a fazenda Santa Rita, em Santa Carmem (497 Km da capital), possuía 7 vítimas que exerciam suas funções de forma sub-humana. A propriedade rural pertence a Antônio Leucir Mascarello.
Os escravagistas modernos, porém, não estão restritos ao interior de Mato Grosso. Conforme o MTE, uma distribuidora localizada no bairro Dom Aquino, em Cuiabá, também identificou a ocorrência de uma pessoa trabalhando em condições análogas à escravidão. O estabelecimento está no nome de Mara Christiana Leite.
O condomínio de luxo Morro dos Ventos, na “charmosa” Chapada dos Guimarães (64 Km de Cuiabá), também aparece na lista. Uma pessoa identificada como Mario Fernandes Dias estaria “tocando” uma obra residencial no empreendimento submetendo duas pessoas à trabalho escravo.
De 1º de janeiro até o dia 20 de março de 2023, o MTE resgatou 918 trabalhadores submetidos a trabalho escravo – alta de 124% em relação aos três primeiros meses de 2022. Confira abaixo a tabela resumida com as ocorrências em Mato Grosso.

FONTE: Folha Max