O deputado federal Fábio Garcia (União) saiu em defesa da estadualização do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e chamou de “absurda” a proposta de contrato da Parquetur.

Uma pessoa que mora em Santo Antônio do Leverger pode ter que pagar mais do que uma que mora em Várzea Grande. Tem sentido isso?
A empresa venceu um leilão e conseguiu a concessão dos serviços turísticos do parque. Ela será responsável pelas atividades de apoio à visitação, manutenção e modernização de serviços turísticos.
“É um absurdo esse contrato. Essa empresa pode cobrar até R$ 100 por pessoa para entrar no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Uma família com cinco pessoas, para poder acessar o local, pode ter que desembolsar até R$ 500”, afirmou ele em entrevista à rádio Vila Real.
Para Garcia, a proposta da empresa para o parque, além de exceder na cobrança aos visitantes, ainda trata de forma “desigual” os moradores de Mato Grosso.
Já que, devido à repercussão negativa do valor da entrada, a Parquetur garantiu que haverá descontos, mas apenas para pessoas que residem em Cuiabá e Várzea Grande.
“Uma pessoa que mora em Santo Antônio do Leverger pode ter que pagar mais do que uma que mora em Várzea Grande. Tem sentido isso?”, questionou.
R$ 18 milhões em 30 anos
O parlamentar ainda criticou o investimento previsto pela empresa, que prometeu injetar R$ 18 milhões no parque em 30 anos de contrato. Ele defendeu a proposta apresentada pelo Governo do Estado, que tenta desde o ano passado estadualizar o ponto turístico.
O governador Mauro Mendes (União) disse que os cofres do Estado têm capacidade de fazer um investimento de R$ 200 milhões em apenas quatro anos. Sendo o valor mais de dez vezes o previsto pela Parquetur.
“Atendendo o interesse público, o que qualquer pessoa de bem deveria fazer? Esquecer isso aqui que não está assinado e aceitar a proposta do governador, garantindo o investimento e a entrada gratuita. É isso que a gente quer”, completou Garcia.
FONTE: Midia News