Justia bloqueia conta de empresa para ressarcir vtima de consrcio falso

 

O juiz da 8ª Vara Cível de Cuiabá, Alexandre Elias Filho, determinou o bloqueio de R$ 15 mil da Business Consórcio, empresa alvo da operação Fake Promises, que revelou a existência de um bando que aplicava golpes nas vendas de falsos consórcios e cartas de crédito. A decisão do juiz é do dia 27 de março de 2023.

Conforme os autos, uma das vítimas da quadrilha procurou a justiça relatando que seria “contemplado” com uma carta de crédito de R$ 150 mil após o pagamento de R$ 15 mil, financiando o restante da dívida em 180 parcelas. A vítima relata que utilizaria o dinheiro para financiar um imóvel.

“Todavia, dispõe o autor que, depois realizar o depósito, soube que ‘foi deflagrada a operação Fake Promises, a qual levou em custódia vários sócios de empresas estelionatárias que aplicavam o golpe do consórcio: prometiam financiamentos, cartas de crédito contempladas e ao final, não havia nada, sequer era uma empresa autorizada pelo Banco Central a fazer esse tipo de operação’. Sustenta que fora vítima de um golpe e que, em razão disso, ajuizou a presente ação”, diz trecho do processo.

O juiz Alexandre Elias Filho analisou o pedido, e reconheceu que os documentos trazidos nos autos representam indícios suficientes dos danos sofridos.

“Observo que foram apresentados diversos documentos, dentre eles, o contrato firmado entre as partes, além das informações de existência de processos de investigação e de comprovante de depósito do valor de 15 mil reais feito do autor ao réu. Desse modo, entendo que demonstrada a probabilidade do direito alegado, além do que presente o risco de dano, pois o não retorno do valor depositado tem trazido prejuízo ao autor”, analisou o magistrado.

Investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC) revelaram a atuação de golpistas que atraíam as vítimas por meio de redes sociais anunciando créditos disponíveis. Contudo, depois que os clientes assinavam os contratos descobriam se tratar de consórcios de imóveis, veículos, terrenos, entre outros.

De acordo com a PJC, os golpistas diziam que os consórcios seriam de empresas do Rio de Janeiro e São Paulo, porém, a Delegacia de Estelionatos fez contato com as Polícias Civis das unidades federativas e descobriu que essas organizações não tinham registros no Estados. Ainda de acordo com a PJC, as vítimas nunca tinham acesso aos recursos das supostas cartas de crédito.

FONTE: Folha Max

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