quinta-feira, outubro 16, 2025

Mulher vtima de importunao sexual dentro de voo

 

Um mulher de 34 anos diz ter sido vítima de importunação sexual em um voo da empresa Azul que saiu de São Paulo com destino a Porto Alegre. Ela relata que o passageiro que estava na poltrona do seu lado se masturbou durante a viagem.

“Logo no início do voo eu notei que esse cara da minha direita mexia a mão sempre nessa região das partes íntimas. Até que ficou muito intenso mesmo, um movimento de masturbação”, diz a mulher.

Ela afirma que tentou então pedir ajuda para a equipe da companhia aérea.

“Contei para as comissárias o que estava acontecendo. Tremendo muito, muito nervosa. Uma delas contou pra outra, e essa outra moça perguntou onde eu estava sentada. Só isso. Aí ela retornou pra cabine e falou: ‘realmente ele ainda tá fazendo’.”

As comissárias mudaram a vítima de poltrona, mas quando ela cobrou que a polícia fosse chamada quando o avião pousasse, a medida não foi tomada. O homem desembarcou da aeronave sem ser abordado.

“Perguntei: ‘e aí, como é que vai ser? Ele vai ser preso? Vão chamar a polícia?’. Ela olhou pra mim e falou assim, exatamente assim: ‘olha, na verdade, a gente estava observando e ele não está em ereção’. Eu fiquei chocada. Falei pra ela: ‘não precisa ter ereção. Ele não pode fazer isso em público’. E ela foi embora.”

Quando voltou pra São Paulo, a vítima procurou uma advogada. Elas vieram ao aeroporto de Congonhas e registraram um boletim de ocorrência na Polícia Federal.

A lei de 2018, que tornou a importunação sexual crime, prevê de 1 a 5 anos de prisão. A advogada que representa a vítima diz que faltou por parte da companhia aérea o entendimento de que se tratava de um crime.

“A companhia aérea foi muito omissa com ela, foi desrespeitosa. A lei foi muito benéfica nisso de colocar: a importunação basta. Não precisa violência, não precisa agredir, não precisa gritar. Importunou e com cunho sexual basta para ser crime”, diz Jacqueline Valles, advogada da vítima.

Por meio de nota, a Azul afirmou que repudia qualquer tipo de comportamento inadequado e que cause constrangimento aos seus clientes. A empresa também alega que assim que soube da situação ocorrida no voo, a tripulação “prestou toda a assistência durante o voo”. A Azul também disse que está à disposição das autoridades que investigam o caso.

FONTE: Folha Max

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