domingo, setembro 7, 2025

TJ mantm priso de contadora que defende ‘Estado paralelo’ do CV

 

O desembargador da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT), Marcos Machado, manteve a prisão de Francislaine Akerley da Costa Silva, apontada como “contadora” de um núcleo do Comando Vermelho em Vera (480 Km de Cuiabá). A decisão monocrática do desembargador é da última segunda-feira (10).

Nos autos, a suspeita alega que deve ter sua prisão revogada pois possui “residência fixa” e “trabalho lícito”. Ela é um dos alvos da operação “Totalis Purgatio”, deflagrada em novembro de 2022.

Marcos Machado, por sua vez, lembrou que a suspeita já cumpre uma pena de 9 anos de prisão por ser membro de uma outra quadrilha que roubava carretas em Rosário Oeste (102 Km da capital). “A prisão preventiva está fundamentada na garantia da ordem pública, consubstanciada em indicativos de envolvimento da paciente em organização criminosa voltada especialmente ao tráfico de drogas, integrada por, ao menos, 15 membros ligados ao ‘Comando Vermelho’, sendo apontada como ‘contadora’ da facção no Município de Vera/MT, bem como na reiteração delitiva [condenação definitiva anterior por roubo majorado e associação criminosa a 9 anos e 10 dias de reclusão”, analisou o desembargador.

A operação “Totalis Purgatio” foi deflagrada em novembro do ano passado pela Polícia Judiciária Civil (PJC), que indiciou Cristina Gonçalves Marçal, Eduardo Pereira Dias, Leandro Castro dos Santos, Marcos André da Silva Santos, Maurício Werner, Sandro Nascimento da Silva, Wender Pedroso de Barros, Luciano Trindade do Nascimento, Claudilene Barbosa, Nataly Gabriel Silva, além de Thais da Silva Fagundes. Completam a lista de suspeitos Vanessa Nascimento do Amaral e Sérgio Eduardo Pereira, Francisco Júnior Dalpasquale, Maria Lidiane Bezerra, João Iris Gomes Souza, Rosalvo Júnior Pereira Farias, Cinthya Eduarda Paim de Abreu e Francislaine Akerley da Costa Silva. “Ao que se constata destes autos, os(as) investigados(as) têm supostamente atuações relacionadas à ponta da distribuição, como comercialização e entrega, com maior contato com os usuários e menor quantidade de droga, isso também pode explicar os diálogos relacionados a valores ainda modestos, mas a receber dos compradores pela venda do entorpecente”, diz trecho do processo.

Na primeira instância do Poder Judiciário de Mato Grosso, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra advertiu que o bando que supostamente faria parte do “Comando Vermelho” tenta criar um “Estado Paralelo”.

FONTE: Folha Max

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