segunda-feira, outubro 13, 2025

Avo de operao da PC em MT investigado por lavagem em SP

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) uma denúncia de uma suposta lavagem de dinheiro contra empresas do Grupo Rio Verde. A organização administrou o Ganha Tempo em Mato Grosso, período apontado pela PGR em que ocorreram os crimes.

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF), subordinado à PGR, iniciou as investigações em 2022 a partir de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O levantamento apontou movimentações suspeitas entre o dono da Rio Verde, Osmar Linares Marques, a Projecto Assessoria e Serviços, a Rio Verde Ganha Tempo SPE S.A. e a Softpark Informática.

O órgão federal declinou da competência para a investigação, lembrando que os suspeitos são alvos da operação “Tempo é Dinheiro”, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil (PJC) de Mato Grosso em 2020. As investigações na época, que culminaram na retirada do consórcio Rio Verde da administração do Ganha Tempo, apontaram que a organização informou ao Estado a realização de atendimentos inexistentes, com o objetivo de receber mais recursos públicos.

O MPF em São Paulo apontou ainda que não há dinheiro da União envolvido nas suspeitas, determinando o envio dos autos ao MPSP, que poderá oferecer uma denúncia à Justiça Paulista caso confirmadas as suspeitas. O Consórcio Rio Verde foi alvo da operação “Tempo é Dinheiro”, da Polícia Judiciária Civil (PJC), em conjunto à Controladoria-Geral do Estado (CGE). Investigações dos órgãos, que embasaram a operação em setembro de 2020, identificaram que o Ganha Tempo registrou atendimentos a uma mesma pessoa, no mesmo dia, mas em cidades separadas por centenas de quilômetros. Os prejuízos aos cofres públicos foram estimados em mais de R$ 13 milhões.

De acordo com as investigações, o Ganha Tempo realizou 56 atendimentos de um mesmo CPF, no mesmo dia, nos municípios de Barra do Garças e Sinop – que por rodovias são distantes cerca de 1 mil quilômetros.

As supostas fraudes foram reveladas por três frentes diversas de apuração: relatórios de auditoria elaborados pela Controladoria-Geral do Estado, relatórios de fiscalização realizados pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), e diligências levadas a cabo pela Deccor e Delegacia Regional de Barra do Garças.

FONTE: Folha Max

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