Ex-participante do “Big Brother Brasil 18”, Mara Telles celebrou nas redes sociais a vitória de uma ação contra o Twitter em terceira instância. O processo exigia que a plataforma excluísse publicações “com conteúdos apontados como ofensivos, difamatórios ou caluniosos”. Os tweets proliferaram quando a então professora de Ciência política da UFMG entrou para o reality show da TV Globo.
“Em 2018, um aluno para quem nunca dei aula, fez pichações contra mim na UFMG por ‘racismo’. Outro jovem aluno, influenciado pelo mesmo, fez denúncias contra mim. Explodiu no Twitter e YouTube posts falsos e acusações, enquanto eu participava do ‘BBB 18’. Uma série de postagens com difamações que visavam tão somente detratar minha imagem, honra e reputação, mas fazer uma ‘escada’ para construir um movimento”, relembrou Mara.
Na decisão, basta a ex-BBB 18 indicar as URLs (o endereço na web) das postagens, para que sejam removidas.
“Segue o resumo do acórdão: ‘Em 2021, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais julgou recurso em ação movida contra o Twitter e determinou que a rede social excluísse todos os conteúdos apontados como ofensivos, difamatórios ou caluniosos publicados contra Helcimara Telles até a data do julgamento. (Conteúdos feitos por “estudantes”, sem nenhuma comprovação). Foi determinado, ainda, que caso houvesse novas publicações ofensivas vindas dos perfis identificados no processo, Helcimara poderia notificar o Twitter para retirá-las, bastando apenas indicar a URL das postagens.'”, diz o trecho publicado pela cientista.
Mara Telles aproveitou para dizer que não pretende parar neste processo.
“O grupo de identitários radicais não aceita divergências teóricas, tampouco ouve teorias que discutem estruturas de poder por outras óticas que não seja a deles. Mais do que isso, confundem o espaço acadêmico – de pesquisa, reflexão e debates – com militância ideológica, dogmática e autoritária. Sejam grupos de extrema direita – que já me ‘cancelaram’ – (ou de radicais) que se dizem de esquerda (serão mesmo?), o método é semelhante. (…) Não permitirei que sectários, delinquentes, dogmáticos, narcisos e despreparados manchem minha imagem acadêmica, construída ao longo de quase 30 anos. Quero mais. Quero ação penal e danos morais. Sou persistente. Sei quem eu sou.”
FONTE: Folha Max
