A Justiça negou revogar a prisão de Wesley Jesus Fernandes da Costa, Letícia Micaeli Moraes Silva Campos e Rhaniel Ramos de Castro, acusados de integrar uma organização criminosa suspeita de vender consórcios falsos de imóveis e veículos em Cuiabá.
Eles foram presos em janeiro deste ano durante a Operação Fake Promises, deflagrada pela Delegacia Especializada em Estelionatos e Outras Fraudes da Capital.
A decisão é assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7 ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta quarta-feira (19).
Ele citou na decisão que os acusados atuavam diretamente como vendedores dos negócios fraudulentos e teriam feito ao menos 16 vítimas.
Ressaltou que a prisão deles se faz necessária para garantia da ordem pública, uma vez que após a deflagração da operação foram registrados dezenas de boletins de ocorrência, havendo, inclusive, possibilidade de identificação de novas vítimas.
“Ainda que se alegue que os delitos não tenham sido praticados mediante violência ou grave ameaça, certo é que a pluralidade de vítimas e de fatos delituosos, os consideráveis danos patrimoniais causados àquelas e a complexidade da organização criminosa – cuja atuação precisa ser frustrada da forma mais efetiva possível, haja vista o caráter permanente e habitual do delito – autorizam a manutenção do decreto prisional”, escreveu.
A operação
No total, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 12 de buscas e apreensão em salas comerciais nos edifícios Palácio do Comércio, Maruanã e Top Tower, em Cuiabá.
De acordo com a delegada Judá Maali Marcondes, que coordena a investigação, foi apurado que o grupo atraía as vítimas por meio de redes sociais anunciando créditos contemplados.
Contudo, depois que as vítimas assinavam os contratos descobriam se tratar de consórcios de imóveis, veículos, terrenos, entre outros.
A investigação apurou ainda que os golpistas afirmavam que os consórcios seriam de empresas dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, porém a Delegacia de Estelionatos fez contato com as Polícias Civis dos estados e descobriu que não há nenhuma empresa registrada.
FONTE: Midia News