As investigações feitas pela Polícia Federal apontam que a Hipermed, investigada no âmbito das operações Curare e Cupincha, foi quem efetivamente pagou pelo avião Embraer EMB-711 “Corisco”, prefixo PT-NHH, que se acidentou em Poconé (104 km de Cuiabá), em agosto de 2021. A aeronave foi comprada por R$ 150 mil e teria sua propriedade atribuída, de acordo com os agentes, ao empresário, médico e ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Milton Corrêa da Costa Neto.
O empresário, que é dono da Family Medicina e Saúde Ltda, foi um dos alvos da quarta fase da Operação Curare, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (20). Ele é investigado juntamente com o empresário Douglas Castro por supostamente terem desviado recursos públicos destinados à saúde do Município de Cuiabá, na ordem aproximadamente de R$ 3 milhões.
“Além disso, a empresa Family Medicine Saúde Ltda., de propriedade de Milton Corrêa da Costa Neto, é a destinatária de R$ 300 mil em transações, entre os dias 20 e 23/04/2021, provenientes da conta da Hipermed Serviços Médicos & Hospitalares. Não bastasse, o mesmo grupo empresarial concorreu para o pagamento de aeronave PT- NHH, com o valor de R$ 150 mil, cuja propriedade não só é atribuída a Milton Correa da Costa Neto, como estava em utilização por seus amigos e familiar quando veio a se acidentar, em 08/08/2021”, diz trecho do relatório da PF que resultou na operação.
A Hipermed foi investigada nas operações Curare e Cupincha, e tem como Miriam Flávia Caldeira Jamur como representante legal e Maicon dos Santos como gestor administrativo. Porém, conforme a PF, quem exerce o controle sobre a empresa é Paulo Roberto de Souza Jamur.
Miriam e Maicon foram alvos de sequestro de bens durante a Operação Cupincha, assim como Paulo Jamur, que ainda teve a prisão preventiva decretada. O avião citado pela Polícia Federal durante a deflagração da quarta fase da Operação Curare, nesta quinta-feira (20), seria um Embraer EMB-711 “Corisco”, prefixo PT-NHH, que se acidentou em Poconé (104 km de Cuiabá), em agosto de 2021.
Um dos que estavam na aeronave era o médico George da Costa Melo, de 39 anos, que havia atuado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pascoal Ramos e na Policlínica do Verdão. Ele morreu após ficar internado por 47 dias, em decorrência do acidente.
FONTE: Folha Max