domingo, setembro 14, 2025

Comandante da PM afirma que câmeras em farda prejudicariam caçada a bandidos

Folha Max

O comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, comentou que seria inviável o uso de câmeras em ações como as que estão sendo realizadas para capturar os bandidos que tentaram roubar a empresa de valores Brinks, em Confresa (1.160 km de Cuiabá).

De acordo com o comandante da corporação, utilizar este tipo de equipamentos em operações policiais como estas, seriam sinônimo de falta de confiança nos agentes envolvidos.

O coronel Mendes afirmou que os policiais militares de Mato Grosso estão em uma guerra e que obrigar o uso de câmeras nos agentes, além de atrapalhar a atuação dos militares, seria um ‘atestado’ de que os mesmos não são confiáveis. De acordo com o comandante-geral, a postura seria totalmente imprópria.

Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM de Mato Grosso estão em Tocantins para tentar capturar os bandidos que tentaram assaltar a Brinks, em Confresa. Os criminosos estão fortemente armados e a ação policial dos agentes mato-grossenses já resultou na morte de alguns dos suspeitos.

Os policiais de Mato Grosso estão utilizando helicópteros, drones termais e uma série de equipamentos para capturar os bandidos.

ASSUNTO POLÊMICO

A fala do chefe da PM se dá em decorrência de uma polêmica que há vários meses divide opiniões em Mato Grosso por causa de um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa, de autoria
do deputado estadual Wilson Santos (PSD), reapresentado em fevereiro deste ano no Legislativo Estadual.

A proposta obriga a instalação de câmeras de vigilância no interior de viaturas, aeronaves, embarcações, fardas ou nos capacetes dos policiais militares de Mato Grosso. Wilson defende que a gravação das ações policiais resguarda o cidadão contra possíveis excessos praticados por profissionais das forças de segurança, bem como os próprios agentes contra falsas acusações.

A proposta prevê a instalação gradativa dos equipamentos por um prazo máximo de um ano após a publicação da Lei. O projeto foi apresentado em 2022, mas arquivado pela Casa de Leis.

Sua retomada ganhou força após a morte do jovem Diego Kalininski, de 26 anos, no dia 4 de fevereiro deste ano. Ele foi morto a tiros por um policial militar após ser retirado de uma festa no município de Vera (460 km de Cuiabá).

O rapaz teria tomado o cassetete de um PM e investido contra ele. O policial alegou, num primeiro momento, legítima defesa, mas vídeos registrados por populares mostram que ele estava desarmado quando foi atingido por vários tiros.

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FONTE: SEMANA7

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