terça-feira, fevereiro 18, 2025

Promotora: cuiabana foi asfixiada e jogada viva do 12° andar

A promotora chilena Carolina Fuentes revelou a dinâmica que antecedeu a morte da modelo cuiabana Nayara Vit, e as provas que refutaram a versão da defesa do empresário Rodrigo del Valle Mijac, preso suspeito de ter cometido o crime.

 

Nayara morreu no dia 7 de julho de 2021 ao cair do 12º andar do prédio onde morava em Santiago, no Chile. 

 

“Havia dois grupos grandes de lesões. Um grupo de lesões foi provocado pela queda e outro que, claramente, aconteceu antes da queda”, disse a promotora em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da TV Record.

 

A defesa do advogado insistiu, no entanto, na tese de que a modelo havia se suicidado, alegando que ela estava sob efeito de álcool de derivados de anfetamina.

 

“Depois nós conseguimos, provamos que se ela tivesse se jogado, em nenhuma circunstância ela cairia onde caiu”, afirmou a promotora.

 

Conforme as investigações, o casal teve uma discussão em um restaurante e os dois foram embora separados. Rodrigo chegou primeiro em casa e depois Nayara.

 

Conforme a investigação, o casal discutiu e ali teriam tido início as agressões físicas contra a modelo.

Havia dois grupos grandes de lesões. Um grupo de lesões foi provocado pela queda e outro que, claramente, aconteceu antes da queda

 

A hipótese apresentada pela Promotoria diz que Nayara teve um dos dedos da mão da mão esquerda fraturado durante a briga. A modelo começou a gritar pedindo socorro e os vizinhos chamaram a Polícia.

 

Com os gritos, segundo as investigações, Rodrigo teria tampado a boca de Nayara com uma das mãos e, com a outra, tentado sufocá-la, pressionando o seu pescoço.

 

Depois disso, diz a promotora, a modelo teria sido arremessada ainda com vida do 12° andar do edifício de alto padrão Bairro Las Condes.

 

“Foi chocante, foi terrível saber que ele jogou ela com vida e que ela ainda tentou se agarrar nas malhas do apartamento de baixo para tentar se salvar”, disse Eliane Vit, mãe de Nayara.

 

Tentaram manchar imagem

 

A defesa do empresário, conforme a Promotoria, tentou desde o começo criar uma imagem negativa da modelo, responsabilizando-a pela sua própria morte.

 

Em áudios divulgados pelo Domingo Espetacular, a defesa do empresário apresentou uma narrativa bastante diferente sobre a dinâmica.

 

“Nayara entra, vai ao banheiro, sai do banheiro, o Sr. Rodrigo Del Valle diz que estava preocupado, pergunta o que havia acontecido, porque ela estava chegando àquela hora e Sra. Nayara não lhe dá resposta, caminha em direção ao terraço e cai do décimo segundo andar”.

 

Em outro áudio, a advogada prossegue: “A senhora Nayara estava com 1,55 gramas de álcool por litro de sangue e também sob a influência de substâncias com cafeína e também derivados de anfetamina”, disse a advogada do empresário.

 

Conforme a Promotoria, essas foram somente artimanhas da defesa para criar uma imagem negativa de Nayara.

 

“A defesa desde o começo usou elementos para construir uma imagem negativa da vítima, responsabilizando ela por tudo que aconteceu”, disse a promotora.

 

No início, havia três linhas de investigação: de suicídio, queda acidental e feminicídio.

 

Após a análise de câmeras de segurança, escutas telefônicas, oitivas de testemunhas – além das lesões na vítima que não eram condizentes apenas com a queda -, as duas primeiras hipóteses teriam sido excluídas.

 

A Justiça chilena manteve a prisão preventiva do empresário que, se condenado, pode pegar prisão perpétua pelo crime.

 

Veja:

 

 

 

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FONTE: Midia News

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