O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), através de seu Conselho Superior, deferiu um pedido de ampliação do prazo para a conclusão de um inquérito que investiga supostos atos de corrupção praticados por agentes públicos e empreiteiras com recursos do Programa MT Integrado. Os crimes vieram à tona após as divulgações das colaborações premiadas do ex-governador Silval da Cunha Barbosa e do ex-chefe de gabinete, Sílvio Cézar Correa de Araújo, além do servidor Valdisio Juliano Viriatto.
O esquema envolve a H. L. Construtora Ltda, que tem como principal sócio o empresário Helmuth Maaz Filho. O MP-MT destaca que as colaborações premiadas dos três revelam “irregularidades durante a concretização do Programa MT Integrado, sob a gestão” da Setpu, atual Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), “em especial no tocante a valores em dinheiro (‘retornos’) pagos aos envolvidos por empreiteiras e construtoras que se sagraram vencedoras em processos licitatórios”.
“À unanimidade, deferiram em conformidade com o art. 48- A, da Resolução n. 052/2018, do Conselho Superior do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, o pedido de dilação do prazo por mais 01 (um) ano, a contar da data do vencimento de sua instauração, para a conclusão do procedimento solicitado, nos termos do voto do Relator”, diz trecho da publicação do MP-MT.
A investigação havia pedido em março de 2021, no início do inquérito, que a Controladoria Geral do Estado (CGE) enviasse informações sobre em que fase estariam, além de cópias, o Processo Administrativo Disciplinar que apura possíveis irregularidades cometidas pelo servidor Valdisio Juliano Viriatto.
Na portaria que instaurou o inquérito, o promotor Mauro Zaque de Jesus havia apontado que as informações recebidas da Sinfra seriam de suma importância para o desfecho da investigação.
FONTE: Folha Max
