Após ter gerado alvoroço na Assembleia Legislativa com suas declarações de que alguns deputados teriam sido eleitos com ajuda da facção crrminosa Comando Vermelho (CV), o deputado estadual Wilson Santos (PSD) afirmou desconhecer os nomes desses parlamentares supostamente ligados ao crime orgnaizado. Pela manhã desta quarta-feira (3), Wilson disse que “está tudo resolvido” na Assembleia Legislativa.
Ao FOLHAMAX, ele reiterou que não sabe a quantidade de parlamentares e nem o nome dos colegas envolvidos na ação ilícita e reforçou que apenas ex-secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante, tem conhecimento das pessoas implicadas no caso. Ou seja, aos jornalistas que estavam na Assembleia Legislativa, o deputado repetiu o mesmo discurso apresentado por ele num vídeo divulgado em suas redes sociais no dia anterior.
“Eu não se foram três parlamentares. Nunca falei isso, que alguém foi eleito. Isso é relativo as eleições passadas. O que aconteceu comigo foi em setembro [de 2022]”, afirmou o deputado.
Na terça-feira (2), Wilson Santos já havia usado espaço do programa que apresenta na TV Mato Grosso para afirmar que não cometeu prevaricação diante da polêmica envolvendo a declaração de que ele foi barrado em bairros de Cuiabá por líderes de facções criminosa. Ainda, Wilson disse que já havia denunciado a situação ao governador Mauro Mendes (UB) e ao próprio ex-secretário de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante.
Santos afirmou ter perguntado para Bustamante o nome dos parlamentares que teriam feito solicitações a ele, que favoreciam bandidos. Contudo, o ex-secretário não quis “nomear os bois”. “Perguntei duas vezes e ele não disse”, contou Wilson Santos.
Sobre a polêmica entre os pares, ele declarou que houve uma reunião e que a situação já foi resolvida. “Aqui na Assembleia Legislativa, o assunto já está encerrado. Foi encerrado hoje. Eles acham que as explicações que eu dei são satisfatórias e foi encerrado. As explicações foram as mesmas que eu já dei, essa é a verdade, que facções criminosas me barraram em dois bairros e eu, para não prevaricar, fui direto ao secretário de segurança [Alexandre Bustamante]”, finalizou.
POLÊMICA – Declarações do deputado Wilson Santos afirmando que na Assembleia Legislativa teriam deputados que foram eleitos com apoio de facção criminosa geraram reações imediatas, criando um clima de tensão no Legislativo Estadual. Com isso, o governador Mauro Mendes União) se manifestou afirmando ser algo grave e que cabe à Polícia Civil e Ministério Público investigarem.
Por sua vez, o coronel Alexandre Mendes, na condição de comandante-geral da Polícia Militar também fez duras cobranças ao deputado Wilson Santos pedindo que ele “dê nomes aos bois”. Nesta terça-feira, foi a vez do Ministério Público Estadual (MPE) também entrar no assunto e anunciar que determinou a instauração de uma investigação na qual o deputado autor das declarações será ouvido para explicar a situação.
Conforme documento assinado pelo promotor de Justiça, Marcos Regenold Fernandes, as acusações são gravíssimas, pois sugerem que deputados estariam praticando o crime de organização criminosa. Dessa forma, a investigação vai buscar elementos para confirmar ou descartar essa suspeital lançada por Wilson Santos.
FONTE: Folha Max







