Um dia após a divulgação de denúncia de uma ex-sevidora acusando a vereadora Edna Sampaio (PT) de operar um esquema de rachadinha em seu gabinete, os vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá já estão se articulando para pedir a cassação da petista. O parlamentar Eleus Amorim (Cidadania), suplente da vereadora Maysa Leão (Republicanos), entrou com uma representação contra Sampaio por quebra de decoro parlamentar. O processo foi lido na sessão plenária desta quinta-feira (4).
Em manifestação na sede do Legislativo, também nesta quinta-feira, Edna Sampaio afirmou que não teme uma possível cassação de seu mandato obtido nas eleições de 2020. “Não vou recuar, vou até o fim. Vou continuar com a minha posição que é verdadeira. Quem fala a verdade, não merece castigo”, sustentou a petista, que alega ser vítima de perseguição por sua atuação combativa no Legislativo Cuiabano.
Edna, que foi autora do pedido que resultou na cassação do vereador bolsonarista Marcos Paccola (Republicanos), em outubro de 2022, repetiu as explicações dadas num vídeo divulgado no dia anterior, no qual ela refuta a acusação de praticar rachadinha, -situação na qual servidores comissionados devolvem parte dos salários -, e alega sofrer perseguição política orquestrada por “poderosos”.
A vereadora reiterou que objetivo da denúncia formulada por sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira Abreu, seria jogar o nome dela “na lama” e manchar sua reputação ilibada. Além disso, engrossou o coro sobre o uso da verba, e novamente afirmou que a finalidade é financiar as ações políticas realizadas em seu mandato. Por fim, a vereadora declarou que as denúncias levantadas contra ela são todas falsas e que não existe nenhuma denúncia aberta no Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), nem esquema de corrupção e que não foi Laura Natasha a responsável pelas acusações.
Na ocasião, ela também explicou o porquê de seu marido, Willian Sampaio, realizar, mensalmente, a cobrança do valor à ex-chefe de gabinete, Laura Natasha. Segundo Edna, Willian atua como coordenador do mandato, que é coletivo. Nessa linha, ponderou que há diversas pessoas nomeadas como “co-vereadoras” e era justamente o marido dela o responsável por fazer a prestação de contas das verbas utilizadas para financiar as atividades políticas do Gabinete.
Apesar de diversos parlamentares terem a intenção de impetrarem com processo administrativo para cassar o mandato da petista, Edna disse não temer cassação.
FONTE: Folha Max







