segunda-feira, novembro 10, 2025

Justia mantm priso de suspeito de movimentar R$ 4,8 milhes com ‘p da PC’ em MT

Justia mantm priso de suspeito de movimentar R$ 4,8 milhes

 

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, manteve a prisão de Marcelo de Melo Monteiro, acusado de movimentar R$ 4,8 milhões num esquema de desvio e comércio de drogas apreendidas pela Polícia Judiciária Civil (PJC). A decisão é do último dia 5 de maio e ocorreu no âmbito de um processo derivado da operação “Efialtes”.

Nos autos, Marcelo de Melo Monteiro defende que deve sair da prisão pois não atrapalhou as investigações, além de não ser suspeito de atos violentos, nem de grave ameaça, tendo em vista sua suposta atuação na organização criminosa como alguém que ajudava a “lavar dinheiro”. O juiz da 7ª Vara Criminal, por sua vez, explicou que Marcelo realizou movimentações financeiras da ordem de R$ 4,8 milhões em conjunto com a Madeireira Favo de Mel, uma empresa fantasma que seria utilizada para ocultação de valores do comércio de drogas.

“Nas comunicações realizadas pelo Coaf identificou-se a empresa Madeireira Favo de Mel e outras pessoas que atuavam como na ocultação de valores ilícitos. Destes, Marcelo foi objeto de 11 comunicações com valor total de R$ 4.828.177,00 entre créditos e débitos”, lembrou o magistrado.

A decisão também revelou que o suspeito utilizava a ex-esposa, que mora em Teresina (PI), para movimentações de recursos do tráfico, bem como transferências bancárias com o investigador da PJC, Antônio Mamedes Pinto de Miranda, apontado como líder do bando. Marcelo foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), do estado da Região Nordeste, com 25 tabletes de cocaína. As drogas estavam em embalagens idênticas aos dos entorpecentes desviados dos cofres da Delegacia Especial da Fronteira (Defron), em Cáceres (222 Km de Cuiabá).

OPERAÇÃO EFIALTES

Jean Garcia de Freitas Bezerra aceitou uma denúncia contra 31 pessoas, suspeitas de um esquema de desvios de drogas apreendidas em operações das forças de segurança de Mato Grosso. A quadrilha responde por constituição de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico.

Tornaram-se réus Adriano José da Silva, Adriely Juliana da Silva, Afonso Donizeti de Souza Costa, Alan Tairone do Carmo, Antônio Mamedes Pinto de Miranda, Ariane da Silva Almeida, Ariovaldo Marques Aguilar, Danilo Bazilio Carvalho Leal, Diego Andrade da Silva, Douglas Henrique de Mello, Douglas Souza de Queiroz, Edilson Galvao de Franca, Eduardo da Silva Oliveira, Jardenilson Linhares de Oliveira, Lailson Almeida dos Santos, Layan Henrique Oliveira de Assis, Luismar Castrillon Ramos, além de Maciel Espinosa de Miranda.

Completam a lista de réus Marcelo de Melo Monteiro, Marcelo Pereira Jansen, Maria Clara Dutra de Aguiar Ferreira, Maria Lucia da Silva, Paulo Sérgio Gonçalves Alonso, Raul Camilo de Souza, Ronei Leite Duarte Filho, Sérgio Amâncio da Cruz, Thiago Aparecido Correa da Costa, Tulio Senabio do Carmo, Valdenir Luciano da Silva, Vanessa Santos Gomes e Wilksanio Charles Brito Santos.

O grupo seria responsável pelo desvio de pelo menos 3 toneladas de drogas do depósito da Defron, em Cáceres, e é formado por investigadores e escrivães da PJC, servidores públicos, laranjas e mulas do tráfico. As investigações culminaram na deflagração da operação “Efialtes”, que revelou um esquema de tráfico envolvendo pelo menos 6 Estados do Brasil – Piauí, Tocantins, Maranhão, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso.

Os investigadores da PJC eram conhecidos pela prática denominada “arrocho”, que consiste no desvio de drogas apreendidas de traficantes. O valor dos entorpecentes “comercializados” pela quadrilha ultrapassa os R$ 24,4 milhões.

FONTE: Folha Max

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