O médico José Antônio de Figueiredo, responsável pelo Centro de Informações Antiveneno do Hospital Municipal de Cuiabá, detalhou como foi o atendimento da dona de casa Marciele de Pinho Silva, 36, morta após sofrer duas paradas cardiorespiratórias por complicação de uma picada de jararaca.
O caso teve início na manhã de quarta-feira (3), quando Marciele foi picada em sua chácara, em Chapada dos Guimarães. Após ser atendida em uma UPA do Município, onde foi medicada com soro antibotrópico e remédio para hipertensão, ela foi transferida para o HMC para realizar exames.
Conforme informado pela assessoria do HMC ao MidiaNews, Marciele foi admitida na unidade de saúde às 10h50 da manhã de quarta, e a equipe médica continuou o tratamento para hipertensão.
Logo foram solicitados exames laboratoriais de sangue, entre eles o coagulograma. Já no período da tarde, Marciele começou a apresentar alterações, porém o resultado do coagulograma só saiu no fim da tarde.
Após isso, foi constatado que ela precisava de mais quatro ampolas de soro antibotrópico, além de realização de tomografia do crânio, pelo risco de AVC, e do abdômen, uma vez que ela reclamava de dores na região abdominal.
Dessa forma, a equipe que atendia Marciele confirmou por meio do exame tomográfico que ela já estava com hemorragia abdominal. Diante disso, foi solicitada avaliação para cirurgia, porém a orientação era que aguardasse a estabilização.
Já no final da noite, ela teve a primeira parada cardiorrespiratória, sendo reanimada e mantida no respirador mecânico. Também foi aplicado nela medicamento vasoativo para melhora da pressão e frequência cardíaca.
Porém, na manhã de quinta-feira (4), Marciele teve outra parada cardíaca, não resistiu e morreu.
Leia mais:
Mulher morre no HMC após ser picada por jararaca em Chapada
“Entregamos a paciente viva e andando”, afirma UPA da Chapada
Médico da UPA de Chapada diz que vítima recebeu soro antiofídico
FONTE: Midia News
