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Da Assessoria
Com forte influência da mãe, professora por quase 30 anos, o servidor da Vara Especializada dos Juizados Especiais da Comarca de Barra do Garças, Heverton Lopes Rezende, aprendeu desde cedo a importância da leitura como forma de conexão com o conhecimento que guarda consigo até hoje. Ele é autor de dois livros sobre refugiados, abordando o fluxo das migrações no Brasil, inclusive o infantil, construídos a partir do material de dissertação de mestrado e da tese de doutorado.
Em 2021, seu primeiro livro, “O refúgio no Brasil: da travessia às políticas públicas para a integração local”, foi publicado com uma abordagem mais ampla sobre o tema relacionado às migrações, bem como as políticas públicas desenvolvidas pelo Brasil para o cumprimento dos compromissos internacionais.
Já em 2023, a publicação do livro “Não temos uma mãe para você: as crianças refugiadas desacompanhadas no Brasil” traz de forma mais profunda as migrações, especialmente em relação às crianças refugiadas desacompanhadas de seus pais ou responsáveis. Na obra, Heverton relacionou as principais vulnerabilidades dessas crianças, além de retratar as políticas públicas que são desenvolvidas para mitigar as mazelas a que estão submetidas.
O servidor conta que resolveu escrever sobre o assunto para ajudar a colocar um “holofote” sobre o tema, especialmente em relação à atuação do Brasil na recepção e integração dos refugiados.
“Nos últimos anos os deslocamentos forçados se intensificaram, não apenas na Europa, mas também em nosso continente, principalmente em razão da crise humanitária na Venezuela. Fiquei emocionado diversas vezes ao saber das tristes histórias de migrantes que arriscam tudo em busca de paz e de um lugar melhor para viver. O final de sua travessia frequentemente tem um sabor amargo, pois muitos perdem seus entes queridos pelo caminho. As principais vítimas são as crianças, certamente um dos grupos mais vulneráveis”, comenta.
Servidor do Poder Judiciário desde 2008, quando foi designado para a comarca de Canarana, onde ficou até o ano de 2013, Heverton, que é bacharel em Direito, diz que sempre buscou pelo aperfeiçoamento na carreia. Ele já concluiu três especializações lato sensu: Direito Público, Direito Constitucional e Direito Processual Civil.
Recentemente concluiu o mestrado em Direito pela Universidade de Marília, e o Doutorado em Ciências Jurídicas pela Universidade del Museo Social Argentino. Com certeza o caminho trilhado é o resultado, também, da influência da mãe, aposentada há alguns anos. “Mesmo enfrentando muitas adversidades, minha mãe conseguiu concluir duas graduações na UFMT, além de ter uma carreira admirável como educadora.”
Ao longo desta jornada como escritor, Heverton diz que não há apenas um incentivador para ser autor de livros, pois muitos o auxiliaram de alguma forma. “Acho que não seria justo indicar somente uma pessoa, porque várias contribuíram nesse processo. Mas posso afirmar com segurança que a opinião da minha família foi determinante.”
Além dos dois livros mencionados, o servidor também escreveu alguns artigos acadêmicos e capítulos de livros, dos quais 13 foram publicados. Três estão em fase de avaliação nos periódicos onde foram submetidos.
Como não poderia deixar de ser, Heverton tem como hobby a leitura, mas também viagens e cinema. Questionado se escreverá mais livros, ele fala que “depois de tantas abdicações nesse processo de qualificação que culminou com a conclusão do meu doutorado, decidi descansar um pouco e passar mais tempo com a família. Mas certamente quero continuar escrevendo sobre direitos humanos e migrações forçadas.”
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FONTE: SEMANA7