Um sargento da Polícia Militar foi preso na quinta-feira (11) durante a 3ª fase da Operação Camada que investiga grupo que usava “mulas” no tráfico interestadual de drogas via aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Ele também já foi alvo da operação “Simulacrum” deflagrada no ano passado pela Polícia Civil.
A ação investiga a existência de um grupo de extermínio dentro da corporação que deleta informações que pudessem revelar seus crimes, diretamente dos sistemas da própria Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). Ele chegou a ser preso, mas foi solto após decisão judicial.
À época da operação da PC, ele era cabo da militar. Já a Opeção Camada apontou que os membros do grupo criminoso cooptavam pessoas para levar as remessas de cocaína presas ao corpo para os estados do Espírito Santo, Maranhão e Rio Grande do Norte.
Há indícios também de que os traficantes utilizavam identidades falsas, pois, apesar das imagens do circuito interno do aeroporto terem registro dos embarques, os nomes dos investigados não foram encontrados nas listas de passageiros dos voos. Foram expedidos, pela 3ª Vara Criminal de Várzea Grande, sete mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, com diligências efetuadas nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Nova Mutum, além de São José de Ribamar (MA) e Natal (RN).
A Operação Camada é mais uma ação de enfrentamento ao tráfico de drogas. As investigações continuam, com especial atenção à prisão das lideranças e descapitalização de organizações criminosas.
O nome da operação, “Camada”, faz alusão ao meio pelo qual os traficantes fixavam as drogas ao corpo, aparentando uma segunda camada de pele.
FONTE: Folha Max
