sábado, dezembro 6, 2025

"Sofri na escola e fui humilhada na igreja; riam de meus trejeitos"

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A cantora trans Seven Mônica Magalhães da Silva, de 37 anos, enfrentou muitos percalços e preconceito ao longo dos anos. Uma história de vida que lhe permite hoje olhar para trás e refletir com serenidade sobre os maus momentos que passou ao mesmo tempo em que vislumbra o futuro com um quê de esperança. 

 

Entre os momentos marcantes de sua vida, antes de se tornar Seven Mônica, ela contou que viveu episódios dolorosos de sofrimento ainda criança na escola e de humilhação quando jovem na igreja evangélica que frequentava.

 

“Eu era muito humilhada dentro da igreja na questão dos trejeitos. Quando eu andava, riam, caçoavam. Isso me chateava muito”, recorda a hoje servidora da Câmara de Cuiabá.

 

Já adulta diz ter sofrido episódios de transfobia em Poconé e no Rio de Janeiro, onde foi agredida fiscamente.

 

Apesar de todo o histórico, Seven Mônica se diz otimista com o futuro em relação à população LGBTQIA+. Para ela, as novas gerações estão mais tolerantes.

 

No mês do orgulho LGBTQIA+, Mônica recebeu a reportagem do MidiaNews para uma entrevista, na qual também falou sobre como é ser uma cantora trans na cena artística em Mato Grosso, política e os avanços da comunidade.

 

Veja os principais trechos da entrevista.

 

MidiaNews – Como que é para uma cantora trans conseguir um espaço na cena musical aqui em Mato Grosso?

 

Tem preconceito entre os músicos, que não querem cantar comigo, nem querem ensaiar comigo

Seven Mônica – Eu acredito que ainda está difícil. Porque a gente consegue espaço e, mesmo assim, dentro da própria comunidade LGBTQIA+ existe preconceito com a gente. Então, alguns espaços que consigo, não são dentro da comunidade, são nas de pessoas cisgêneros. Em casas, por exemplo, como o Bar da Lagoa. Fui a primeira cantora trans a cantar ali, por quatro anos seguidos.

 

Eu tinha que ter um comportamento discreto, mas tive essa opção já que eu tenho voz, canto bem… Mas hoje é muito difícil ter agenda lotada para cantar nos restaurantes e bares de Cuiabá. Se eu disser isso, é mentira. Porque ainda tem esse preconceito. Tem preconceito entre os músicos, que não querem cantar comigo, nem querem ensaiar comigo.

 

MidiaNews – A violência sofrida pela população LGBTQIA+ ainda é uma pauta prioritária da comunidade. Acredita que um dia vai ser possível superar isso?

 

Seven Mônica – Acredito que com a geração de agora, as crianças que estão nascendo com esse pensamento da nova geração, da diversidade. Tem uma colega que trabalha aqui, e tem duas filhas de 10, 12 anos. Elas me chamam de tia Mônica, me vêem como uma mulher. Então, acho que essa geração, sim, vai nos salvar de preconceitos, de assassinatos, mas a minha geração, não.

 

MidiaNews – Você já denunciou ter sofrido transfobia quando trabalhava numa escola e ministrava um curso. Quais outros episódios já passou desse tipo?

 

Seven Mônica – A primeira transfobia que presenciei no meu corpo foi quando fui para o Rio de Janeiro tentar minha carreira artística. Isso de 2017 para 2018. Eu cantava num quiosque chamado Gosto de Marra, entre o posto 3 e 4 em Copacabana. E aí, quando terminava de cantar, sempre esperava uma outra amiga minha, que era cis, porque morávamos em um albergue.

 

Quando virei para falar com eles, só vi areia, chutes e pontapés

Nesse dia fui esperar ela terminar, fiquei sentada na praia. Já era noite, mas todo mundo senta à noite ali. Nesse período de tempo, vieram três rapazes. Eles me viram só de costas e falaram: ” E aí, morena, está sozinha?”. Quando virei para falar com eles, só vi areia, chutes e pontapés. “Que desgraça! Tem que matar uma maldição dessa”, eles diziam. Isso sem eu nunca te ter feito nada. Só virei para respondê-los e dar boa noite. Então, essa foi a primeira transfobia.

 

Da escola foi a segunda pior, que foi em Poconé, no ano passado. Fui lecionar, dou aula de técnica vocal há anos, e dava aulas particulares nas escolas quando me chamavam. Aqui em Cuiabá nunca me deu problema, mas em Poconé eu tive. Porque fui usar o banheiro, e como o banheiro dos professores estava ocupado, fui usar o banheiro dos alunos. Entrei no banheiro, tinha duas alunas, elas estavam se arrumando no espelho. Fui na cabine, fechei a porta. Quando eu saí, elas já tinham saído também.

 

Depois vieram as transfobias tanto pelo lado da coordenadora, quanto pelos professores que são bolsonaristas. Veio também o pessoal do Comando Vermelho. Ameaças de morte, com áudios… Não procurei passar por isso, mas acabei passando.

 

MidiaNews – E como você aprende a lidar com isso hoje?

 

Seven Mônica – Eu não queria tirar nada de aprendizado disso. Ninguém quer tirar aprendizado de transfobia, de violência. Pelo contrário, a gente quer tentar não passar por isso para poder tirar um aprendizado de coisas boas. Só acrescentou medo, traumas psicológicos. 

 

Eu não conseguia vir trabalhar, porque ficava com medo de ser ameaçada dentro do ônibus, de um Uber, enfim, gente olhando minha casa. 

 

Ninguém quer tirar aprendizado de transfobia, de violência

MidiaNews – Voltando a falar de música. Hoje existem muitas cantoras drags de sucesso, como a Pabllo Vitar, Glória Groove. Acredita que elas ajudam na aceitação?

 

Seven Mônica – Claro, com certeza. Eu, particularmente, sou muito fã delas, por elas serem cantoras drags reconhecidas internacionalmente. São cantoras que cantam muito, ajudam em muito a comunidade. Mas, particularmente, na questão das mulheres trans, acho que não faz muita diferença. Agora, a parte artística, sim.

 

Por exemplo, eu sou uma mulher trans cantora. Não dublo, ou seja, não sou uma drag que dubla. E existem essas duas drags que são cantoras, que elas cantam, então, particularmente, dentro da nossa comunidade, ajudam mais as meninas que são drags. Porque eu tenho uma vivência de cantar mesmo, como uma mulher trans, nos restaurantes.

 

MidiaNews – A arte é um dos locais que mais acolhem a população LGBTQIA+. Qual é a importância da cena para a população trans? 

 

Seven Mônica – Aqui em Mato Grosso, que eu conheço, são quatro pessoas. Quatro cantoras e um cantor, que é um homem trans maravilhoso, que eu amo, que é o Christopher Chaves, e as outras três somos eu, tinha Hendy, que morreu, a Sophie, e tem mais uma outra moça, a Luisa Lamar e outra pessoa que não me recordo o nome. Então, essas meninas cantoras, dentro da arte, agregam muito.

 

A Colupita é uma pessoa também que eu gosto muito da arte dela, que está agora formada em Ciências Sociais. Acredito que se ajudam, se autoajudam. A arte em si acaba se acrescentando no Estado com pessoas que são maravilhosas dentro da arte. 

 

MidiaNews – Você acredita que a falta de oportunidade e o preconceito levam a população trans para a prostituição?

 

Mas na época da pandemia foi o tempo que mais sofri. Então, foi o tempo que precisei, sim, viver da prostituição

Seven Mônica – Leva. Porque teve um tempo que eu não estava tendo trabalho e eu também vivi na prostituição. Não falo isso com vergonha, mas falo isso com um pouquinho de tristeza. Respeito todas as meninas que trabalham nessa área, mas falo com tristeza porque eu tenho arte dentro de mim. 

 

Mas na época da pandemia foi o tempo que mais sofri. Então, foi o tempo que precisei, sim, viver da prostituição. Foi o tempo que a própria prostituição me ensinou muito com relação a ser independente, com relação a você ter o que comer ali naquele momento, com relação a vivência, com relação a tristeza. Porque você acaba passando por uma tristeza profunda. Eu pensava na minha arte, que estava parada porque não tinha serviço, mas estou fazendo isso. Então, existe essa luta psicológica.

 

MidiaNews – Você acredita que a população trans é a mais vulnerável das siglas? Por quê? 

 

Seven Mônica – Eu não posso falar que seja a mais vulnerável. Hoje em dia eu acho que todo mundo está com 99,9% de chance de ser vulnerável. Todas as siglas. Não acho que somente seria a sigla trans, não. Eu acho que é todo mundo.

 

MidiaNews –  O dia 28 de junho ficou conhecido como Dia Internacional do Orgulho LGBTQI+. E o mês de junho é usado por entidades, organizações e governos para conscientizar a população sobre isso. Qual que é a importância dessa data?

 

Seven Mônica – Os policiais dos Estados Unidos, na época tinha um bar lá em Nova York, que a maioria dos frequentadores desse bar eram homossexuais. Então, meio que era inadmissível ter essa concentração ali dentro. É como se fosse uma mini parada gay dentro desse bar. Então, seria meio que um colapso político. Isso já puxa pelo lado político agora, porque era o que eles pensavam na época.

 

Então, eles batiam mesmo, não queriam que esse bar estivesse aberto. A luta começou ali. A militância começou ali naquele dia. Depois daquele dia, com muita luta e tudo mais, que abriram as nossas portas para o mundo. 

 

MidiaNews –  Aos poucos, as garantias de direitos da população LGBT viram leis, como a do nome social. Qual é a importância desse ganho para a comunidade?

 

Hoje posso trabalhar e a pessoa pode me chamar pelo meu nome

Seven Mônica – Um exemplo é um homem trans chegar num hospital, que ainda não fez a cirurgia dos seios, e poder ser chamado pelo pronome masculino. Hoje em dia não está só em questão do pronome. Hoje em dia está a questão da vivência. Então, isso nos dá direitos. E, para ter esses direitos, a gente teve que ralar muito.

 

Não está fácil ainda, mas conseguir isso daí foi uma glória. Porque abriu tantas portas, abre tantas portas. Hoje posso trabalhar e a pessoa pode me chamar pelo meu nome. “Oi. Tudo bem, Mônica?”. E vou me sentir muito feliz. Então, isso garante quem eu sou e a minha vivência.

 

MidiaNews – Como que foi a experiência quando trocou de nome?

 

Seven Mônica – É porque hoje em dia você dá entrada nos documentos. A menina trans chega lá com identidade antiga, a certidão antiga, um comprovante de residência. Ou seja, separa todos os documentos do nome morto, para dar entrada ao nome novo. E, dentre 15 dias, dependendo do cartório, 15 a 20 dias está pronto.

 

Naquele tempo, eu só consegui em 30 dias, porque a minha amiga era muito amiga de alguém dentro da própria Receita. Então, facilitou. Mas de outras pessoas trans que estavam lutando, ficaram seis meses. Porque não era para ser liberarado, não era para ser constituído esse direito ainda. Então foi muito difícil. Era uma discriminação dentro dos órgãos públicos com relação a isso.

 

MidiaNews – Qual você destacaria que foi o direito mais importante adquirido pela comunidade?

 

Seven Mônica – São tantas coisas… Acho que posso falar pela minha, não sendo muito presunçosa, mas o direito de você conseguir o nome social, de conseguir bolsas, de conseguir serviços. Porque hoje, o Brasil, é o País que mais mata LGBT, mas é o País que, agora, está na marra, através desses direitos garantidos, empregando pessoas trans.

 

Hoje, o Brasil, é o País que mais mata LGBT, mas é o País que, agora, está na marra, através desses direitos garantidos, empregando pessoas trans

Então, esse direito de você ter um nome social facilitou muito. Mas para as outras siglas, acho que a militância ajuda, quando a gente sai na rua para gritar, para ser ouvida, é para vários outros direitos, na saúde, na questão de vida social. Porque não tem felicidade maior no mundo do que você chegar em casa e encontrar, por exemplo, seus pais na sua casa.

 

Mas ainda tem que melhorar muita coisa. Existem representantes que estão nos representando. O presidente Lula está dando essa oportunidade. Pessoas trans eleitas, que eu estou apaixonada e conhecendo cada vez mais a militância dessas pessoas que estão lá no Congresso Nacional, enfim, lutando para que nossa comunidade, não só as travestis, possa ter dignidade na vivência, ser vista, ser ouvida.

 

MidiaNews –  Você acha que parte dessa violência que acontece contra a comunidade tem a ver com os políticos aqui em Mato Grosso?

 

Seven Mônica – Eu acredito que sim. Porque são os políticos que acabam dando voz. Querendo ou não, a gente vive de política. E quando eles não dão voz, quando não são as nossas vozes, a gente acaba ficando vulnerável. Aqui em Cuiabá, por exemplo, eu trabalho na Câmara. […] Aqui, para você ter ideia, já sofri transfobia nesse corredor, só pelo fato de eu ir buscar o nosso almoço na recepção.

  

MidiaNews – E você se sente representada por alguns atuais políticos de eleito?

 

Seven Mônica – Eu me sinto representada por aqueles que têm a mesma vivência que eu. E também tem gente que não tem a vivência que tenho, mas me representa. A Erika Hilton, que está na Câmara Federal, é uma mulher que pensa como eu, uma mulher como eu, então me sinto muito representada. O próprio presidente Lula também, que deu voz e trouxe todo o amor que a gente estava sentindo falta.

 

Depois que o genocida saiu do poder, isso facilitou com que a gente pudesse sonhar novamente, facilitou com que a gente pudesse ter credibilidade tanto da parte artística, porque os artistas voltaram. Artistas de outras etnias voltaram também, os indígenas, enfim, tudo melhorou. Então, a gente precisa mudar. E pra ter essa mudança a gente precisa de pessoas que nos representam. 

 

MidiaNews – Conte também um pouco da sua história, como você se descobriu trans? 

 

Seven Mônica – Na verdade, não tem a ver com a questão de se descobrir, mas sim de nascer mulher trans. Porque a criança, quando nasce com a orientação na qual vai conseguir seguir uma vida toda, ela vai conseguir ter noção de quem ela é a partir da adolescência.

 

Não tem a ver com a questão de se descobrir, mas sim de nascer mulher trans

Mas enquanto isso fica sendo aquela criança afeminadinha. Ela acaba gostando das coisinhas mais de menina. Então, na minha transição, que foi depois da adolescência, já estava na fase um pouco mais adulta, já sabia quem eu era, mas tinha muito medo de me assumir. Então, por eu ser de família evangélica, fui meio que pressionada omitir a minha orientação.

 

Então, depois quando me orientei como adulta, hoje sei o que quero, não tem mais por que esconder quem sou. E aí, deixei de ser Leandro para ser Mônica, para ser Seven Mônica. E foi muito bom para mim, foi libertador. Porque não sabia qual seria a reação da minha família, qual seria a reação dos meus amigos. Porque antigamente eu tinha amigos cis [homens e mulheres que se identificam com gênero de nascimento]. Hoje em dia são muito poucos e os poucos são verdadeiros.

 

MidiaNews – E essa libertação, que você chama, foi com quantos anos?

 

Seven Mônica – Aos 19 anos comecei a me revelar, ser quem realmente eu era. Com 19 anos foi que comecei a me assumir como uma mulher trans. Comecei a partir dos 22 anos a minha transição hormonal.

 

MidiaNews – E você já tinha saído de casa nessa época?

 

Seven Mônica – Com 22 anos consegui meu primeiro lugarzinho para morar. Mas não tinha saído de casa ainda não. Eu fui criada com meus avós. Meu avô é militar, ou seja, são pessoas muito rígidas e evangélicas. Então, você imagina como seria isso. Por eu ser uma pessoa muito bem educada, por ser muito atenciosa com as coisas de família, eles falaram assim: “Olha, a gente só não quer que você venha a nos humilhar ou venha trazer difamação”. Eles pensam assim até hoje, mas me amam do jeito deles, me respeitam muito e respeitam a minha orientação.

 

Mas eles têm muito medo da minha vivência, porque sabem que Mato Grosso é o estado onde mais tem procuras por mulheres trans, procuras por conteúdos pornográficos de mulheres trans e onde também somos assassinadas. Então, sabem do índice que é a gente ser uma mulher trans aqui nesse estado. Então, o medo da minha família vem disso, mas amam quem eu sou.

 

Mato Grosso é o estado onde mais tem procuras por mulheres trans, procuras por conteúdos pornográficos de mulheres trans e onde também somos assassinadas

MidiaNews – Qual a sua relação com a religião?

 

Seven Mônica – Antigamente eu era da igreja evangélica, frequentei por muitos anos. Hoje não tenho placas de igreja. Hoje sigo a minha fé. Acredito muito em Deus, no Espírito Santo, no céu, no inferno. Mas acredito também na natureza, nas forças sobrenaturais, na energia positiva. 

 

MidiaNews – E a sua saída da igreja tem alguma coisa a ver com a transição?

 

Seven Mônica – As igrejas não estão preparadas para poder atender uma pessoa transexual, seja mulher trans, homem trans, seja um gay, enfim. Não estão preparadas para atender a comunidade. Tanto é que, quando eu frequentava, era muito humilhada dentro da igreja na questão dos trejeitos. Quando eu andava, riam, caçoavam. Isso me chateava muito.

 

Eu pensava que eu era a errada, e queria consertar isso de alguma maneira. Em um momento decidi que iria orar e pedir para Deus tirar isso de mim, porque eu que me sentia errada, que estava em pecado… Então, eu me massacrava, tanto psicologicamente, quanto espiritualmente falando, e fisicamente também. Porque afetava com doenças, na questão de febre, com dor de cabeça e dor no corpo.

 

Eu ficava pensando nisso 24 horas, tentando não requebrar, porque isso, para eles, é demoníaco. As igrejas não estão preparadas para atender a população LGBTQIA+. Na época, sofria bastante. A minha saída foi libertadora.

 

MidiaNews – Apesar da sua transição ter sido na parte adulta, como funcionou a questão da feminilidade na escola e na sua casa?

 

Seven Mônica – Teve muito preconceito. Na escola eu tinha amizade somente com meninas. E sofria demais com relação aos meninos. Eu tinha essa questão da feminilidade desde criança. Com seis anos já pegava o sapato da minha avó, de salto, e andava naturalmente como uma menina. Vestidos, roupas dela, quando ela ia para a igreja, eu colocava. Na adolescência também a mesma coisa. O meu comportamento sempre foi assim, como uma mulher mesmo. Eu não forçava os trejeitos, mas era repreendida.

 

MidiaNews – E você chegou a sofrer alguma agressão, seja física ou verbal?

 

Seven Mônica – Quando criança, não. Eram coisas como: “E aí, viadinho! E aí, frutinha! Ele é bichinha!”. E isso tem muito nas escolas até hoje.

 

 



FONTE: Midia News

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