Marceneiro José Vitorino afirmou que a esposa foi alvejada após eles voltarem de um culto de ação de graça. ‘Estou aqui pela dor. Compartilhamos a dor da Anne’, disse. O marceneiro José Vitorino Gomes dos Santos deixou o Hospital de Saracuruna, onde sua mulher está internada após ser baleada na Rodovia Washington Luiz, no sábado (17), e foi até o cemitério onde o corpo de Anne Caroline Nascimento Silva. Ela foi baleada no mesmo durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e Vitorino vê relação entre os casos, que estão sob investigação.
“Estou aqui pela dor. Compartilhamos a dor da Anne. Eu poderia estar aqui sepultamento a minha esposa. Nada mais justo eu estar aqui (…) Estou aqui em solidariedade pela família que está sofrendo”, diz o marceneiro, que lembrou que a esposa “deixou o CTI e está lúcida”.
José Vitorino afirmou que a esposa foi alvejada após eles voltarem de um culto de ação de graça.
“Estávamos voltando da Igreja Batista Semear, no bairro 25 de Agosto, e ela disse: ‘Fui baleada’. Estávamos na mesma área em que o carro da Anne estava. Só ouvidos o disparo e mais nada. Parei uma viatura do Samu e eles prontamente socorreram a Claudia. Só quando cheguei na delegacia que falaram que os casos poderiam ter relação pelo horário e local. Tudo aconteceu por volta das 22h30”, disse.
José afirmou que ao ver o estado da mulher ele pensou que ela fosse morrer.
“Eu olhei para ela e pensei: perdi a minha mulher. Os médicos afirmaram que foi um milagre. Ela não se lembra do que aconteceu, porque ela desmaiou.”
O marceneiro evitou criticar a atuação dos policiais rodoviários. No entanto, ele afirmou que o caso precisa ser apurado com rigor.
“Eu não quero fazer julgamento sobre o trabalho da PRF. Eles estavam fazendo o trabalho deles, mas por falta de imperícia e preparo aconteceu isso. Espero que haja uma investigação.”
FONTE: Lapada Lapada