quinta-feira, setembro 4, 2025

Uso de inteligência artificial em auditorias são temas de exposições

O uso de inteligência artificial em auditorias foi o tema centralizador das experiências exitosas apresentadas na Sala dos Minérios durante o último dia do 2º Laboratório de Boas Práticas, que ocorre no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá (MT).

 

O encontro reuniu pelo menos 600 participantes dos 33 órgãos de controle do país. 

 

A organização do evento é da Atricon e do TCE de Mato Grosso, com apoio do Instituto Rui Barbosa, da Abracom e do CNPTC.

 

No decorrer da programação, há palestras e oficinas sobre 70 boas práticas desenvolvidas pelos órgãos de controle e catalogadas pelo projeto Marco de Medição de Desempenho dos Tribunais de Contas (MMD-TC). 

 

A mediação foi do conselheiro Sergio Ricardo de Almeida (TCE-MT). “O bem-estar da população brasileira passa pelo trabalho dos tribunais porque é essa instituição que fiscaliza. Todos nós temos obrigações com o cidadão e trabalhamos dioturnamente para levar o serviço na ponta.”

 

Em cada uma das cinco salas do evento, na manhã desta sexta-feira (23), foram apresentadas quatro experiências.

 

Na Sala dos Minerais, foram expostas as boas práticas Painel de Obras Paralisadas (TCE-ES), Procedimentos Digitais em Auditoria (TCU), Adoção do Sistema de Gerenciamento do Plano de Fiscalização Anual (TCE-RN), Detecção e análise de indícios de conluios mediante aplicação de inteligência artificial (TCE-PB) e Utilização de recursos de inteligência artificial como ferramenta de auditoria (TCE-RS). 

 

TCE-ES – Painel de Obras Paralisadas

 

O painel de monitoramento do TCE-ES, apresentado pela auditora Flavia Holz Meirelles Pereira traz informações de aproximadamente 3 mil obras públicas realizadas pelas unidades gestoras do Estado.

 

A ferramenta traz, entre outras informações,  o andamento das benfeitorias, os valores envolvidos, as localizações, o tempo de paralisação, bem como as empresas e unidades gestoras responsáveis.

 

O sistema também informa as áreas beneficiadas, como  transporte, educação, meio ambiente, recursos hídricos e saneamento, e o percentual de necessidade de atenção especial quanto à execução.

 

TCU – Boas práticas em procedimentos digitais de auditoria

 

A boa prática objetiva oferecer apoio aos servidores do Tribunal de Contas da União nos processos de adaptação do sistema de trabalho híbrido, possibilitando o desempenho de atividades do controle externo de forma virtual. Entre as ações desenvolvidas está a criação de um ambiente para produtos, serviços e soluções em ambiente online.  

 

A partir de 2023, a Secretaria de Controle Externo organizou as unidades técnicas em sete temas finalísticos e, cada uma dessas áreas passou a contar com um Núcleo de Dados.

 

Essa estrutura é formada por um grupo de pessoas especializadas em análises de dados com foco na produção de análises automatizadas, alertas e tipologias e soluções inovadoras sobre os assuntos correlatos ao seu tema.

 

Para a governança dessas iniciativas foi criada uma estrutura de coordenação em rede, com liderança centralizada.

 

Entre as tecnologias adotadas está a utilização do Microsoft Sharepoint, plataforma de colaboração entre grupos de aplicação na web que permite compartilhamento de arquivos, informações, notícias e recursos com os colaboradores e jurisdicionados.

 

Também foram produzidos vídeos, com passo a passo de utilização das diversas ferramentas disponibilizadas pelo TCU, desde a preparação da estação de trabalho, passando pelo relacionamento “digital” com o auditado, até a obtenção de informações e compartilhamento de resultados.

 

Para o expositor da boa prática, um dos resultados mais significativos alcançados pela iniciativa foi o aumento de produtividade das equipes. 
 

TCE-RN – Adoção do Sistema de Gerenciamento do Plano de Fiscalização Anual  (SISGFA)

A auditora Márcia Soares Marques expôs a forma de funcionamento  da boa prática que consiste na adoção de fluxos para o gerenciamento  das ações contidas no plano de fiscalização a do órgãos de controle.

 

O sistema analisa, por exemplo, os critérios de seletividade de risco, probabilidade de possíveis irregularidades, a  materialidade e o  interesse da sociedade sobre determinada ação para que ela possa fazer parte das iniciativas fiscalizatórias.

 

A ferramenta, que auxilia em todas as etapas das auditorias,  traz também campos para a inclusão da descrição da atividade, os setores envolvidos, as unidades jurisdicionadas e as formas de comunicação com os públicos de interesse.

 

“Ao final, enviamos os relatórios para a análise do Pleno do TCE-RN. A sistemática traz agilidade e organização para as atividades”, disse. 

 

TCE-PB – Detecção e análise de indícios de conluios mediante aplicação de inteligência artificial 

 

Os expositores da iniciativa, Josedilton Alves Diniz  e Fábio Oliveira Guerra, destacaram que a ferramenta criada pelo TCE-PB realiza, por meio de inteligência artificial, a identificação de indícios de práticas ilegais de agrupamento de empresas em licitações públicas.

 

O sistema analisa, de forma automática, o processamento dos documentos e cruzamentos de dados dos certames lançados pelos municípios e Estado.

 

Para chegar aos resultados, a AJUNTA examina informações de empresas, órgãos envolvidos, sócios, parentes, funcionários e de servidores públicos, além de denúncias recebidas. A ferramenta emprega modelos de processamento de linguagem natural (PLN) e detecção de padrões nos processos. 

 

TCE-RS – Utilização de recursos de inteligência artificial como ferramenta de auditoria (TCE-RS)

 

Com o objetivo de tornar o controle externo mais eficiente, agilizando os trabalhos de auditoria, o TCE-RS adota em suas rotinas de fiscalização uma série de ferramentas de inteligência artificial.

 

A diretriz faz parte do Planejamento Estratégico do órgão de controle, e contempla a criação de infraestrutura tecnológica para suportar o desenvolvimento de soluções que gerem informação e conhecimento a partir dos dados disponíveis utilizando ciência de dados e inteligência artificial.

 

O uso das  ferramentas ampliaram a capacidade da atuação preventiva e concomitante, disse o auditor Aramis Ricardo Costa de Souza (TCE-RS). Na exposição, o auditor apresentou os robôs utilizados pelo TCE-RS nas suas rotinas e detalhou as finalidades de cada ferramenta.



FONTE: Midia News

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