sábado, dezembro 21, 2024

Juíza de MT pede que cadeira de Weber seja ocupada por mulher

A juíza Amini Haddad Campos, da Vara de Execução Fiscal de Cuiabá, defendeu que a cadeira ocupada pela ministra Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal, continue sendo ocupada por uma mulher. Amini também é juíza auxiliar no gabinete da presidência do STF.

 

Weber, que é a atual presidente do Supremo, se aposentará em outubro deste ano e caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer a indicação. A pressão é para que ele indique uma mulher negra.

 

Amini afirmou ser “inaceitável” pensar em uma redução do número de cargos dedicados às mulheres.

 

“Nós queremos manter uma representatividade. O Brasil vive em um sistema democrático e queremos ter representatividade. As mulheres são quase 52% da composição da população e é inaceitável pensar em uma diminuta de representatividade em órgãos de poder”, afirmou.

 

A declaração foi dada evento de lançamento do Mutirão Processual Penal, na segunda-feira (24), em que contou com a participação de Weber.

 

Amini ainda apontou que é importante que as mulheres ocupem cargo de liderança no Poder Público para produzirem políticas voltadas ao gênero.

 

As mulheres são quase 52% da composição da população e é inaceitável pensar em uma diminuta de representatividade em órgãos de poder

“Precisamos ter diálogos públicos que possam levar a interesses macros, de políticas onde as pessoas pensam esse coletivo e as mulheres não podem estar excluídas desse amplo debate público”, disse.

 

“As mulheres comporem tanto o Congresso Nacional, como o Executivo, atuando inclusive no Judiciário nas cúpulas de poder, porque são os locais onde há definição de orçamento, de interesse público e onde se pensam as prioridades do Estado”, emendou.

 

Interesse em ser ministra

 

Questionada por jornalistas sobre o interesse em ocupar a vaga, Amini desconversou. “Deixo para o público decidir”, disse a magistrada de Mato Grosso.

 

Em 2021, Amini chegou a ser indicada por organizações sociais e jurídicas para a vaga do ministro Marco Aurélio Melo. A vaga foi preenchida pelo então advogado-geral da União, André Mendonça.

 

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FONTE: Midia News

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