Divulgar a região de forma exclusiva é também mostrar os crimes cometidos contra floresta e conscientizar o mundo de que a qualidade de vida no planeta também depende da preservação da Amazônia. Parceria da Rede Amazônica, afiliada da Globo, com a agência Reuters vai levar as notícias da maior floresta tropical do planeta para o mundo inteiro
Começou a valer, nesta terça-feira (1º), a parceria da Rede Amazônica, afiliada da Globo, com a agência Reuters para levar as notícias da maior floresta tropical do planeta para o mundo inteiro.
Quem olha a Amazônia de cima vê um imenso tapete verde. Poucos têm a chance de adentrar suas matas, navegar suas águas.
A cobertura jornalística da Amazônia é desafiadora. As distâncias são continentais. Exige logística, mas a missão de informar vale a pena. Apresentar cada canto, cada cultura e a aproximar a floresta de quem tem interesse em saber sobre esse patrimônio.
A primeira agência internacional de notícias da Amazônia, a Amazon Agency, do Grupo Rede Amazônica, se uniu a Reuters – empresa que é referência por levar conteúdos jornalísticos para o mundo inteiro. O projeto da Amazon Agency levou um ano e meio.
O site terá atuação apenas no mercado internacional, vai comercializar no exterior matéria exclusiva. Uma cobertura completa sobre os principais assuntos relacionados à região amazônica em vídeos, fotos, textos – disponível também na plataforma Reuters Connect para mais de 3 mil empresas de jornallismo e comunicação espalhadas pelo mundo.
“Com certeza, essa parceria com a Reuters foi resultado de um trabalho enorme que nós, como afiliados Globo, fazemos na região. Uma Amazônia sem filtros, uma Amazônia onde o amazônida, as pessoas que vive aqui, possam ter voz. É uma coisa para nós, quase que inimaginável, mas está se tornando realidade depois de tanto trabalho dos fundadores, depois de 51 anos”, celebra Phelippe Daou Junior, CEO do Grupo Rede Amazônica.
A plataforma está em inglês. Um caminho digital inverso, com o amazônida entrando no mundo estrangeiro.
“Os olhares estão todos voltados para cá. Só que muitas pessoas acham que conhecem a Amazônia e entendem de Amazônia. Nós, que vivemos aqui, que moramos aqui, que nascemos aqui, sabemos melhor do que muita gente o que acontece aqui. Então, vamos levar essa informação de uma maneira direta, transparente para o nosso público. E aí sim, ele vai poder fazer o seu juízo de valor, tirar a sua conclusão sobre o que efetivamente está acontecendo aqui. Vai ser uma voz de dentro para fora”, diz Paulo Fernandes, diretor de Jornalismo da Rede Amazônica.
A rotina de abastecer a plataforma internacional vai ser desafiadora.
“A gente está criando um banco de imagens com informações para repassar o site para que todas as pessoas do mundo tenham acesso a essas informações”, conta Alexandre Almeida, editor de imagens.
A autônoma Adriana Mendonça é manauara e vive nos Estados Unidos há 7 anos. Ela espera que essa parceria torne as notícias do Amazonas mais frequentes na mídia americana.
“Eu acho uma ideia genial: você pega a maior agência internacional do mundo de notícias e aliar aos profissionais de jornalismo da Amazônia, pessoas que vivem o dia a dia da região, pessoas que conhecem as peculiaridades da Amazônia. É fantástico, eu sei que posso confiar, que é um canal de credibilidade. É um canal em que eu posso realmente matar a saudade da minha terra, da Amazônia”, diz Adriana.
Divulgar a região de forma exclusiva é também mostrar os crimes cometidos contra floresta e conscientizar o mundo de que a qualidade de vida no planeta também depende da preservação da Amazônia.
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FONTE: Lapada Lapada