segunda-feira, novembro 17, 2025

Fssil de rptil de 230 milhes de anos descoberto no RS

Fssil de rptil de 230 milhes de anos descoberto no

 

Um estudo coordenado por paleontólogos do Rio Grande do Sul descobriu um fóssil de réptil pré-histórico, que viveu há 230 milhões de anos em um sítio arqueológico em São João do Polesine, na Região Central do estado. De acordo com os pesquisadores, o réptil, conhecido como Venetoraptor gassenae, viveu no mesmo período dos dinossauros e tem parentesco com os pterossauros, os répteis voadores.

São mais de 50 fragmentos encontrados de partes do crânio, bico e fêmur. A descoberta é destaque na edição desta quarta-feira (16) da revista Nature. A publicação é considerada uma das importantes de ciência do mundo.

“Esse fóssil foi descoberto em 2022. Aí ele passou por um processo de preparação, depois a gente analisa ele, junta dados para poder fazer a publicação, então é um estudo bem minucioso demora bastante. Além disso, ele passa por revisão de outros pesquisadores”, explica o coordenador do Centro de Apoio a Pesquisas Paleontológicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Rodrigo Temp Müller.

Os pesquisadores fizeram a reconstituição de como seria o esqueleto do Venetoraptor gassenae. O réptil tinha cerca de um metro de comprimento. O bico lembra o das aves de rapina e as garras eram longas e afiadas, característica que permitia ao animal segurar presas e escalar árvores.

“Eles tinham uma diversidade morfológica muito maior do que se imaginava. Então a gente derruba aquela ideia de que os precursores são animais simples fadados a extinção. A gente viu que existe uma diversidade muito maior e que a gente precisa explorar mais, para encontrar mais exemplares e completar esse quebra-cabeça evolutivo”, complementa Müller.

O estudo contou com a participação de pesquisadores do Rio de Janeiro, da Argentina e dos Estados Unidos.

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Região Central: abrigo de fósseis

A Região Central do RS é conhecida por abrigar alguns dos fósseis mais antigos do mundo. Desta vez, a descoberta foi no sítio arqueológico dentro de uma propriedade rural.

“Para nós, aqui da família Buriol, foi muito interessante. A gente deu um valor muito grande para isso, para todo mundo que nos conhece assim, né? Muito importante para nós”, comemorou o agricultor Onélio Buriol.

As escavações continuam na região. Os estudiosos destacam que descobertas como essa ajudam a entender como era o ecossistema.

“Como viviam, o que faziam e, enfim, comparar com outros locais ao redor do mundo também”, diz o pesquisador Mauricio Garcia.

FONTE: Folha Max

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