Professor que se passava por pai de santo é condenado por crime sexual contra mulher em terreiro, diz Defensoria Pública


Na decisão, o juiz também acatou o pedido de reparação mínima por dano moral à mulher, a quantia de 20 salários-mínimos. Já na primeira consulta, mulher recebeu orientações sobre como deveria ir vestida. Defensoria Pública do Estado de Goiás, em Goiânia.
Eduardo Ferreira/DPE-GO
Um homem de 66 anos foi condenado a sete anos de prisão por violação sexual mediante fraude contra mulher que frequentava um terreiro, em Goiânia. Na decisão, o juiz também acatou o pedido de reparação mínima por dano moral à mulher, a quantia de 20 salários-mínimos. A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) atuou como assistente de acusação no caso e a decisão foi proferida em primeiro grau. Cabe recurso da decisão.
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Por não ter tido o nome divulgado, o g1 não conseguiu localizar a defesa do condenado até a última atualização desta reportagem.
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De acordo com o processo, a mulher conheceu o homem na universidade onde ele era professor. Ela começou a frequentar o terreiro onde ele era pai de santo e o homem a convidou a se consultar com uma entidade no local.
Já na primeira consulta, a mulher recebeu orientações sobre como deveria ir vestida, por exemplo. Foi nesta primeira consulta que os abusos começaram, no ano de 2017. Deste ano até 2019, ela teria sofrido seis diferentes episódios de abuso.
“Quando o defensor me mandou a sentença foi tirado um ciclo de dor e sofrimento da minha vida que finalmente terminou. É um sentimento de que minha voz foi escutada, de que agora tudo acabou e a justiça foi feita. Sei que ele pode recorrer e até mudar esta sentença. Mas, quando li essa condenação já tive minha resposta que precisava pra julgar e finalizar tudo que vivi”, afirmou a mulher.
De acordo com a DPE-GO, em casos como este, a Defensoria também atua na defesa das mulheres reforçando a necessidade de perspectiva de gênero nos julgamentos, conforme normativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que não haja revitimização de mulheres vítimas de violência sexual no decorrer do processo judicial.
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FONTE: Lapada Lapada

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