Pré-candidato a prefeito de Cuiabá, o deputado estadual Eduardo Botelho (União) afirmou que o vice-governador Otaviano Pivetta foi o principal motivo para ele recusar o convite de filiação ao Republicanos.
Botelho tenta viabilizar sua candidatura na eleição do ano que vem em outra sigla, já que dentro do União Brasil briga internamente com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia.
Com vista na pretensão de Botelho, lideranças do MDB, PSB, PSD e Republicanos sondaram Botelho para uma possível filiação. O deputado revelou que a negativa para o Republicanos é a ligação que Pivetta tem com o governador Mauro Mendes (União), que defende a candidatura de Fábio Garcia.
“Em uma eleição, o Otaviano vai deixar de apoiar o candidato do governador, sendo que ele depende do governador sair, no último ano da gestão, para ele assumir o governo? Nunca! Ele vai defender o lado dele”, disse em entrevista à Rádio Cultura.
“Eu ficaria em uma situação complicada dentro de um partido e algumas lideranças poderiam não me apoiar”, emendou.
A possibilidade levantada por Botelho diz respeito a uma possível candidatura ao Senado em 2026. Caso queira disputar o cargo, o governador deverá se licenciar do cargo em abril, conforme a legislação eleitoral.
Botelho ainda revela que na eleição do ano passado, o vice-governador articulou para que o irmão, o ex-prefeito de Nova Mutum Adriano Pivetta (Republicanos), desistisse da candidatura à Câmara Federal para não dividir votos com Garcia, o candidato do grupo.
“O Otaviano já tirou o irmão dele de uma eleição para eleger o Fábio. Ele poderia dar um deputado federal pro partido e ele não deu. Ele tem o interesse dele”, revelou.
Um eventual apoio da sigla à candidatura no ano que vem, no entanto, não é descartada por Botelho.
“Eu continuo trabalhando com o Republicanos, inclusive com a possibilidade deles virem conosco. Ainda acredito que eles ficarão comigo. Eles irão me apoiar”, disse.
A tendência é que Botelho vá para o PSD do ex-ministro Gilberto Kassab, que ofereceu estrutura de campanha para eleição do ano que vem. A definição, segundo o deputado, ficará para novembro deste ano.
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FONTE: Midia News