O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) converteu a denúncia de uso irregular da Verba Indenizatória (VI) envolvendo a vereadora de Cuiabá Edna Sampaio (PT) em inquérito civil para aprofundar a análise dos materiais de acusação. A decisão do promotor de Justiça Mauro Zaque ocorreu após apresentação de um vasto material de defesa da parlamentar contendo prestações de contas.
Conforme apurado pela reportagem, apesar do inquérito, ainda não existem elementos suficientes para comprovar o mau uso da VI disponibilizada para a ex-chefe de gabinete da petista. Ou seja, ainda não existem elementos suficientes que podem indicar que Edna Sampaio pode ter praticado improbidade administrativa, neste caso, podendo culminar em uma ação civil.
A tendência é que o inquérito seja concluído no início de outubro. Na sexta-feira (15), o caso teve nova reviravolta após o juiz da 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, Agamenon Alcântara Moreno Júnior, acatou parcialmente o pedido da vereadora Edna Sampaio (PT), e determinou que a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá, ouça as 4 testemunhas arroladas pela defesa da parlamentar.
A decisão parcial ainda revogou a suspensão processo de cassação. Com isso, será retomado o trâmite na Câmara.Edna Sampaio teria recebido pelo menos R$ 20 mil em transferências feitas pela ex- chefe de gabinete Laura Natasha Oliveira.
As mensagens indicam que o dinheiro era referente da Verba Indenizatória que a servidora tinha direito. Laura recebia R$ 7 mil em salário e mais R$ 5 mil de VI.
Ela foi demitida no final do ano passado e indenizada em R$ 70 mil, por estar gestante no momento do desligamento. Ainda segundo os comprovantes, as transferências ocorreram nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2022.
A cobrança, conforme as trocas de mensagens, eram feitas pelo esposo da parlamentar, Willian Sampaio, que foi ex-presidente estadual do PT no Estado.
FONTE: Folha Max