quinta-feira, novembro 21, 2024

Juíza dá prazo para empresa em RJ apresentar lista de credores

A juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, deu 10 dias para o Grupo Dismafe apresentar a lista atualizada dos credores trabalhistas, sob pena de ter a recuperação judicial convertida em falência.

 

A decisão foi publicada nesta segunda-feira (25).

 

O grupo é composto pelas empresas Dismafe Distribuidora de Máquinas e Ferramentas S/A, Lumiral Comércio, Importação e Exportação S/A, Lumem Consultoria, Construções e Comércio Ltda., Equimaf S/A Equipamentos, Máquinas e Ferramentas, Tecnovia S/A Armazéns Gerais, Total Comércio e Representação S/A, Acquavix Ambiental Engenharia Ltda., Ventura S/A Participações e Investimentos e Agrupar S/A Participações e Investimentos.

 

O grupo está em recuperação judicial desde 2018 com dívidas que ultrapassam R$ 39 milhões.

 

De acordo com a decisão, ficou acordado de que o grupo iria providenciar a venda direta de um imóvel de 10 hectares para satisfazer o passivo trabalhista e apresentar uma nova lista de credores, incluindo até aqueles não habilitados na recuperação judicial. 

 

Todavia, esse documento não foi produzido pelas empresa. 

 

Na decisão,  magistrada advertiu o grupo, mas deixou deu oportunidade para que as empresas regularizem a situação, até para evitar a liquidação prematura das devedoras.

 

“Em contrapartida, é necessário que a devedora tenha atitude colaborativa, e aja com lealdade processual, respeitando os compromissos assumidos com os credores e atendendo às determinações do Juízo voltadas à conclusão do acordo já traçado, sob pena de inviabilizar o afastamento da mora e, consequentemente, ter sua falência decretada”, destacou a juíza, ao chamar a atenção das empresas recuperandas.

 

Crise financeira

 

No pedido de recuperação, o grupo a que em 2015, quando o governador Pedro Taques assumiu o cargo, o Estado suspendeu o pagamento das empresas que haviam trabalhado para o antecessor, Silval Barbosa, por seis meses, o que gerou uma “cascata de inadimplência”.

 

Também apontou que as finanças foram fortemente abaladas por conta da crise no setor da construção civil e saneamento básico, onde atuam diretamente, eis que possuem vários contratos para construções de imóveis do programa “Minha Casa, Minha Vida”, tendo a Caixa Econômica Federal atrasado medições de obras e, por consequência, os  correspondentes pagamentos de etapas já concluídas, tudo a onerar sobremaneira seus caixas. 

 

O grupo argumentou ainda que realizou “profundo enxugamento nas atividades administrativas, com venda de ativos, demissões de funcionários e redução de gastos com o intuito de espantar a crise, mas não foi suficiente”, de modo que foi necessário o manejo do processo com o propósito de viabilizar a superação da crise e, assim, preservar o grupo empresarial, sua função social e o estimulo à atividade econômica. 

 



FONTE: Midia News

comando

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