quinta-feira, dezembro 26, 2024

Carne de frango deve ter desempenho melhor neste trimestre e no início de 2024


Após um período de lenta expansão no consumo – devido não só ao fraco desempenho da economia global, mas sobretudo ao aumento de preços decorrente dos altos custos – abre-se um espaço para a recuperação, perspectiva impulsionada principalmente pela redução do custo com alimentação, o que tem levado à redução no preço do frango.

Sob esse aspecto, os mercados continuarão altamente orientados pelos preços, o que deve beneficiar a carne de frango, pois em muitas praças seus preços permanecem relativamente competitivos frente a outras proteínas – como as carnes bovina e suína ou, mesmo, as proteínas alternativas.

O Rabobank prevê melhorias nas condições de mercado dos EUA, México, Japão, África do Sul, Indonésia e China. Mas antevê que na Indonésia e na China o contexto será frágil. O mercado da União Europeia tem permanecido firme, mas os elevados níveis de importação de frango resfriado têm causado pressões. Já as condições mais desafiadoras estão reservadas para Brasil e Tailândia: ambos precisão disciplinar melhor os níveis de oferta no mercado interno, pois eles têm sido excedentes.

De acordo com o Rabobank, no primeiro semestre de 2023 o comércio global de carne de frango atingiu a marca inédita de 7,2 milhões de toneladas (35% das quais representada pela carne de frango brasileira, acrescentamos). O Banco acredita que esse comércio permaneça forte neste segundo semestre, mas impulsionado inteiramente pela carne in natura, pois o comércio de carne processada caiu drasticamente.

Esta, naturalmente, é a típica tendência orientada pelo preço. Que tende a se manter no resto de 2023 mas também em 2024. E, frente a essa perspectiva, o maior beneficiário – por ser líder em preços acessíveis no produto in natura – será o Brasil. Já Tailândia e China necessitam retornar ao comércio do produto in natura, um desafio frente ao retorno financeiro obtido por esses países com produtos processados.

O Rabobank alerta que as intervenções governamentais determinadas pela segurança alimentar, pela geopolítica e pela sustentabilidade continuarão impactando os mercados e criando volatilidade no comércio global.

A Influenza Aviária tende a causar efeitos idênticos. Mas também pode impactar repentinamente os mercados globais em termos de oferta e de preço, especialmente – diz o Rabobank – “se os estados do Sul do Brasil forem atingidos”.

Por seu turno, os produtores devem manter o foco no lado operacional. Pois embora os preços das matérias-primas alimentares venham recuando, os custos operacionais continuam registrando máximas históricas, ressalta o Rabobank. Também persiste o risco de maior volatilidade nos preços dos cereais (devido ao El Niño) e nos preços e disponibilidade da energia.

Nesse sentido, a liderança contínua em termos de custos e aquisições permanece como fator fundamental. Além disso, os produtores devem ajustar a oferta às mudanças observadas na demanda, seja em termos de produtos, de distribuição ou de desenvolvimento do mercado.

“Rabobank”





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