Com o mercado atento à longa fila de navios nos principais portos do Brasil, maior produtor mundial de açúcar, as cotações da commodity fecharam a quarta-feira (25) em alta nas bolsas internacionais. Em Nova York, durante a sessão, o lote de maior liquidez, março/24, chegou a bater a máxima de 12 anos, sendo negociado acima de 28 cents de dólar por libra-peso.
Ao final da sessão de ontem, o contrato março/24 fechou em 27,63 cts/lb, valorização de 10 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela maio/24 subiu 9 pontos, contratada a 26,29 cts/lb. Os demais contratos do açúcar bruto fecharam valorizados entre 7 e 9 pontos.
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, “os revendedores disseram que o mercado está focado no congestionamento portuário no maior produtor global, o Brasil. Dados da indústria mostraram uma exportação de 2,1 milhões de toneladas de açúcar nas primeiras três semanas de outubro, ou 1 milhão de toneladas a menos que há um ano”.
Ainda segundo a Reuters, a produção de açúcar no Brasil aumentou no início de outubro, mas as usinas reduziram o direcionamento de matéria-prima para a commodity, saindo de 51% no final de setembro para 48%.
Londres
Em Londres a quarta-feira também foi de alta em todos os lotes do açúcar branco negociados na ICE Futures Europe. O contrato dezembro/23 foi comercializado ontem a US$ 746,60 a tonelada, valorização de 1,10 dólar no comparativo. Os demais contratos subiram entre 30 cents a 2 dólares.
“A produção de açúcar branco da Indonésia deverá cair 4% neste ano, para cerca de 2,3 milhões de toneladas, à medida que o tempo seco atinge as colheitas”, informou, ainda, a Agência Internacional de Notícias.
Mercado doméstico
No mercado doméstico a quarta-feira também foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, revertendo a tendência de dois dias em baixa. Ontem, a saca de 50 quilos do cristal foi negociada a R$ 157,30 contra R$ 156,99 de terça-feira, valorização de 0,20% no comparativo. No mês o indicador acumula alta de 1%.
Etanol hidratado
Já o etanol hidratado registrou sua segunda baixa consecutiva ontem pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado nesta quarta-feira (25) a R$ 2.322,00 o m³ contra R$ 2.328,00 o m³ praticado na véspera, pequena variação negativa de 0,26%.
“Agência UDOP de Notícias”