Um dos principais articuladores da pré-candidatura do presidente Eduardo Botelho à Prefeitura de Cuiabá em 2024, o deputado estadual Júlio Campos, acredita que o bom desempenho de Botelho na pesquisa de intenções de votos para o comando do Palácio Alencastro divulgada pelo Instituto Gazeta Dados acenderá um alerta na alta cúpula do União Brasil, pontuando que o partido pode tentar demovê-lo da ideia de deixar a agremiação.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (22) após a divulgação da pesquisa Gazeta Dados que coloca Eduardo Botelho em primeiro lugar, com 21%, enquanto o outro pré-candidato do UB, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, aparece na lanterninha com apenas 4% das intenções de votos.
Diante desse cenário, Júlio avalia que não faria sentido o partido presidido pelo governador Mauro Mendes rejeitar o nome de Botelho, que está em prestes a deixar o União Brasil para se filiar ao PSD, para disputar a eleição municipal de 2024 já que não encontra espaço no União.
Ainda conforme a avaliação de Júlio Campos, a pesquisa retrata o momento atual e real da política cuiabana, indicando que “não resta dúvidas” de que as ruas, os bairros, a classe política e a classe de servidores públicos apoiam a pré-candidatura do deputado Eduardo Botelho.
“Ele tem uma preferência muito maior já no eleitorado cuiabano, acima da candidatura não só dos outros principais concorrentes, como Abílio Brunini (17%), que é o segundo colocado, e Lúdio Cabral, que é o terceiro colocado com 12%. A pesquisa demonstra que temos razão em querer não perder um quadro político importante como Eduardo Botelho, que é pré-candidato. Não faz sentido o partido rejeitar o nome que tem 21% na largada de uma pré-candidatura, contra outros nomes com pouca penetração popular. Por isso, estamos lutando até hoje para que o deputado Botelho permaneça no partido e seja o nosso candidato oficial do UB. Se não houver chance, já temos uma decisão tomada de que ele será liberado para disputar a prefeitura pelo PSD ou qualquer outro partido que o convidar”, declarou Júlio Campos em uma entrevista na Assembleia Legislativa.
Nessa linha, Campos aconselha o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, a esperar o momento certo para se lançar como candidato, pois a vez, na avaliação de Campos – com sua experiência política de já ter ocupado cargos de governador, senador, prefeito e deputado estadual e federal-, é de Eduardo Botelho.
“Não é fácil, os incentivos que ele tem recebido pelo núcleo do poder do estado não dão essa flexibilidade para ele entender que não é o momento da disputa, que não é sua vez. A vez seria do deputado Botelho”, finalizou.
FONTE: Folha Max
