segunda-feira, julho 14, 2025

Vereadora detona imprensa por revelar ‘rachadinha’: ‘racista e machista’

 

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (23), a vereadora Edna Sampaio (PT) amenizou as críticas feitas ao seu colega de partido e suplente, Robinson Cireia. Ele ocupou a vaga deixada por ela após ser cassada por 20 votos na Câmara Municipal.

Decisão do juiz Agamenon Alcântara Moreno Júnior, da 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, considerou nulo o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que ela enfrentou. “Ele é um parceiro, um companheiro que eu tenho muita fé e esperança de que nas próximas eleições ele consiga ocupar uma das vagas eleito porque ele merece. Ele é um cara que está na luta há muito tempo. Agora temos que diferenciar. Eu sou uma mulher preta que estou na política pra discutir a questão racial, a pauta racial. Eu sofri toda essa perseguição esse tempo todo, o ano inteiro”, declarou a petista.

Durante um mês e meio de mandato, Cireia exonerou praticamente toda equipe do “mandato coletivo” de Edna Sampaio, trocou as chaves do gabinete e cancelou a Agenda da Semana da Consciência Negra 2023. Nas redes sociais, ela chegou a expor que o correligionário não estaria cumprindo “acordos”.

Nesta quinta, ela usou os mesmos a argumentos de perseguição política por parte dos colegas de Parlamento e da imprensa, por ser uma mulher, “preta e petista”. “Já viu alguém sofrer ser acusada da forma como eu fui aqui em Mato Grosso? Na política, você já viu os veículos de comunicação quase todos se alinharem numa perspectiva de criminalização de ordem política e quando eu falo que isso é é racismo, quando eu falo que isso é misoginia, as pessoas dizem que eu estou no mimimi”, opinou Edna. 

Ainda segundo a parlamentar, há machismo e racismo impregnados dentro da imprensa matogrossense e voltou a criticar a atuação dos veículos de comunicação durante seu processo de cassação. “O racismo e o machismo são opressões estruturais que estão dentro da imprensa, que lida com a mulher preta da forma como lidou na criminalização, num julgamento, na condenação sumária”, disparou.

Ela acrescentou ainda que esses preconceitos ocorrem dentro também de todos partidos políticos. “Então eu não vou me eximir de de fazer a minha crítica, inclusive pública, aos companheiros que têm atitude, que, na minha opinião, não são compatíveis com o projeto político que nós representamos. Isso não quer dizer em absoluto que eu rompi com essa ideia, que eu não gosto do Cireia, que eu não desejo o bem a ele”, finalizou.

FONTE: Folha Max

comando

DESTAQUES

RelacionadoPostagens