Uma ação coletiva foi protocolada no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, contra a Hermès. De acordo com os documentos judicias, a grife francesa condicionou a venda da bolsa Birkin, uma das mais famosas da marca, à compra de outros itens pelos consumidores.
As clientes Tina Cavalleri e Mark Glinoga acusam a Hermès de só permitir a venda da icônica bolsa a quem tem um “histórico suficiente de compras”. Segundo a lei da Califórnia, caso seja comprovada a exigência, a grife estaria violando as regras ao vincular a venda de um item a outros.
Na ação, Tina afirma que entrou com pedido de compra da Birkin em setembro de 2022, mas foi avisada que a peça era vendida apenas para clientes que haviam sido consistentes em apoiar a marca. A consumidora também informou que já gastou “milhares de dólares” na Hermès, porém alega uma espécie de pressão para adquirir outros produtos da label.
Por não conseguir comprar a bolsa, a dupla entrou com uma ação conjunta na justiça estadunidense para que impeça a grife de manter a prática da “venda casada”, além de pedir uma indenização financeira. Sinônimo de exclusividade e luxo, a Birkin é considera um dos itens mais caros da moda, com preços que variam de US$ 10 mil a mais de US$ 1 milhão.
Em 1984, a Hermès lançou a peça que se tornaria uma dos mais cobiçadas da indústria de luxo. Inspirada na atriz franco-britânica Jane Birkin, a bolsa de couro, feita a mão, passou a ser vista constantemente em visuais de celebridades e milionários.
Ao longo dos anos, a Birkin ganhou novos tamanhos e cores, mas um fato ainda continua o mesmo: a exclusividade para tê-la. A Hermès só vende a bolsa nas lojas físicas, além de ter uma longa lista de espera para quem pretende adquirir o item.
FONTE: Folha Max