Após três meses, o Corpo de Bombeiros finalizou, nesta terça-feira (14), o inquérito da Polícia Militar que apurou as circunstâncias da morte do aluno soldado Lucas Veloso Peres, de 27 anos. Após a colheita de depoimentos e verificação dos fatos, o documento apontou indícios de crime militar na conduta de três bombeiros.
Dentre os indiciados, estão o capitão Daniel Alves de Moura e Silva, conhecido como “D. Louco”, que foi indiciado pelo crime de homicídio com dolo eventual, e o soldado Kayk Gomes dos Santos, pelo crime de maus- tratos. O nome do terceiro bombeiro ainda não foi informado.
Lucas se afogou no dia 27 de fevereiro durante um curso de salvamento militar na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Seus amigos afirmam que ele sofreu um caldo durante o treinamento.
O caldo é um ato que consiste em afundar a cabeça do aluno na água com o intuito de testar sua resistência. Veloso era natural da cidade de Caiapônia, em Goiás. Um laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que o jovem morreu vítima de afogamento.
Inicialmente, havia alegação de que a morte durante o treinamento teria sido decorrente de um “mal súbito”. O jovem chegou a ser socorrido e levado par ao Hospital H Bento.
O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso encaminhou o resultado do Inquérito Policial Militar para a 11ª Vara Criminal Especializada de Justiça Militar. O inquérito, finalizado na terça-feira (14), concluiu que existem indícios de crime militar na conduta dos três bombeiros investigados. O caso, que tramita em sigilo, será conduzido agora pelo Ministério Público Estadual.
FONTE: Folha Max