Pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, o deputado Lúdio Cabral (PT) começou a apresentar os resultados de sua “ressonância magnética” feita no Orçamento da Capital. Em entrevista ao Jornal de Meio Dia, nesta terça-feira (11), ele explicou que o problema não é de pessoal, mas sim em contratos que precisam ser revisados.
Além disso, destacou que a Saúde é um problema do município, do Estado e da União e assim será enfrentado. Em maio o petista já havia dito que ele e sua equipe haviam realizado uma “ressonância magnética” na Economia do Palácio Alencastro.
Após o levantamento, o grupo constatou que a dívida da capital fechará em quase R$ 2 bilhões em 2024, sendo ele R$ 500 milhões de contratos de empréstimos e de financiamentos. Além disso, há mais de R$ 100 milhões que são dívidas de renegociação do INSS, de fundo de garantia que, segundo ele, o prefeito não pode, de forma alguma, atrasar o pagamento, porque a multa é de 20% no dia seguinte.
Além disso, há precatórios na ordem de R$ 600 milhões. Apesar disso, o problema mais grave para o petista são as despesas correntes. “Precisamos aprofundar a compreensão do sentido deste precatório e organizar um cronograma para que eles sejam pagos sem comprometer o funcionamento da prefeitura. O problema está na despesa corrente e não é nem pessoal. É R$ 1,7 bilhão em despesa correntes. Temos que fazer um enfrentamento para economizar, usar da melhor forma possível cada real. A prefeitura precisa ser uma boa pagadora para negociar a custo menor a compra do medicamento para fazer chegar as pessoas que precisam usar”, explicou Lúdio.
O petista também apresentou algumas medidas a serem tomadas na Saúde, área que enfrenta maiores problemas na Capital. Conforme o diagnóstico feito por ele e sua equipe, a pasta tem seis mil servidores que precisam ser mobilizados da forma correta com mais ação, iniciativas criativas, imediatas, para produzir melhoria nas condições de vida da população.
“Um mutirão já na primeira semana de governo que se inicia para atender pessoas com pressão alta e diabetes, que representam, no caso de pressão alta, um terço da população adulta, metade da população com mais de 50 anos. No caso do diabetes, 10 % da nossa população. Medidas simples já de resultado imediato”, exemplificou o deputado. Por fim, o pré-candidato defendeu que Saúde é um problema tripartite, sendo assim, caso eleito em outubro deste ano, a primeira coisa que fará é se reunir com o governador Mauro Mendes (UB) e o presidente Lula (PT) durante a transição de gestão municipal para buscar soluções.
“Tem outras medidas que serão tomadas, por exemplo, acabar com a briga política entre Prefeitura e Governo do Estado. A Saúde é responsabilidade do município, do Estado e do Governo Federal. Então, de imediato, eleito na transição, sentar a mesa com o governador, com respeito, com diálogo, sentar a mesa com o presidente pra gente buscar as soluções para o médio e para o longo prazo na saúde em Cuiabá”, finalizou
FONTE: Folha Max
