O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD) nomeou o diretor de Departamento de Crédito e Informação do Mapa e Servidor de carreira da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wilson Vaz de Araújo, como novo secretário de Política Agrícola na vaga que era preenchida pelo ex-ministro da pasta e ex-deputado federal e ex-ministro Neri Geller (PP). Ele foi exonerado na tarde dessa terça-feira (11), após polêmica com fraude no leilão de arroz.
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A informação foi confirmada pelo ministro Fávaro ao . De acordo com ele, a nomeação do interino deve ser oficializada no Diário Oficial nesta quinta-feira (13). novo titular da Secretaria de Política Agrícola será definida ns próximos dias.
Wilson Vaz já atuou como secretário de Política Agrícola em 2018, também substituindo Neri Geller, que na época deixou o cargo para concorrer ao cargo de deputado federal por Mato Grosso.
Neri Geller estava no cargo desde dezembro do ano passado. Ele é ex-ministro da Agricultura na gestão de Dilma Rousseff (PT) e teve Robson Luiz Almeida França, responsável por arrematar nove dos 15 lotes de arroz do leilão ocorrido na semana passada, como assessor parlamentar.
A possível proximidade dos dois foi responsável pelo desgaste do Governo Federal envolvendo o nome de Neri. A informação é de que exoneração dele foi feita a pedido do presidente Lula (PT).
Natural do Paraná, Wilson Vaz de Araújo começou sua vida profissional em escritórios de planejamento agropecuário do seu estado, passando pelo Rio Grande do Sul, até mudar-se para a capital federal, quando elaborou projeto de ocupação do Cerrado em toda a Região Centro-Oeste. Cedido ao Mapa, nas últimas duas décadas Vaz foi responsável pela elaboração do Plano Agrícola e Pecuário do ministério.
Entenda o caso
O Governo Federal, por meio da Conab, havia adquirido, na semana passada, 263 mil toneladas de arroz importado em um leilão público – o que corresponde a 88% do pedido inicial, que era de 300 mil toneladas. As negociações ocorreram após as enchentes no Rio Grande do Sul, mesmo o Governo tendo anunciado que teria arroz suficiente em estoque, a fim de garantir a regulação do mercado.
O produto foi adquirido por R$ 25, o pacote de 5 kg, e deveria chegar na mesa do consumidor final por R$ 20 (ou seja, R$ 4 por 1 kg).
Acontece que, nesta terça-feira, o Governo voltou atrás e anulou o leilão, sob justificativa de que há indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras. No entanto, o Governo Federal pretende fazer um novo leilão, agora conduzido pela Conab.
FONTE: RDNEWS