terça-feira, maio 13, 2025

Defesa cobra perícia das imagens da morte de pioneiro em Cuiabá


João Antônio Pinto, de 87 anos, foi morto em fevereiro deste ano durante abordagem de policiais civis

Quatro meses se passaram e a família do pioneiro João Antônio Pinto, de 87 anos, se diz angustiada pela demora na conclusão do caso. O idoso foi morto em 23 de fevereiro por um policial civil em Cuiabá, durante uma suposta abordagem na propriedade da vítima.

Segundo a advogada Gabriela Zaque, que atua na defesa da família do pioneiro, falta a conclusão da principal perícia, a de áudio e vídeo das câmeras de segurança que registraram parte da ação dos policiais e a morte do seu João Pinto.

“Causa estranheza a demora somente na perícia de áudio e vídeo, sendo que são de um dia específico, uma situação específica e com hora certa. É diferente quando você precisa ficar dias procurando por alguma situação”, afirmou.

O documento de requisição da perícia de áudio e vídeo foi enviado à Politec no dia 29 de fevereiro. Nele, o delegado responsável aponta os questionamentos que devem ser respondidos pelo perito que realizaria a análise do material.

A análise está sendo feita em um aparelho de DVR coletado na cena do crime. O objeto é usado para gravar, armazenar e reproduzir imagens em sistemas de monitoramento.

O delegado solicitou que fossem extraídas todas as imagens compreendidas entre 7h e 11 do dia da abordagem.

“Apurou-se que as datas e os horários que eram apresentados no DVR, não estavam coerentes com horário e dia do fato (constando na tela informação de data como: “16-01-1970”; e horário: “22:50:32”), sendo então necessário um estudo do conteúdo do DVR em relação ao acontecido”, diz trecho da requisição da perícia.

O delegado pediu ainda que fosse melhorada a resolução das imagens e nelas trabalhadas com aproximação, “das cenas captadas pelas câmeras, nos momentos chaves da ação que culmina com a morte da vitima”, diz outro trecho.

A análise visa individualizar a conduta de cada policial que esteve presente durante a abordagem, além da visualização de toda a ação.

“Já se passaram quatro meses e essa demora acaba deixando a família angustiada, ansiosa para ver a perícia, para ter notícias do que está sendo feito para averiguar sobre o assassinato do pai deles”.

A advogada disse ter entrado em contato com a delegacia que investiga o caso há quase um mês, mas não ter obtido retorno, além de ter solicitado a oitiva de uma testemunha nos autos do inquérito ao PJE e também não ter tido resposta.

O Ministério Público Estadual concedeu à Polícia o prazo de 120 dias para a conclusão do inquérito. O prazo vence na primeira semana de agosto, no entanto, caso ache necessário, a Polícia pode solicitar novo prazo.

O caso

Seu João foi assassinado no dia 23 de fevereiro, no hangar de sua propriedade localizada na região do Contorno Leste, no Bairro Jardim Imperial, em Cuiabá. O autor do disparo foi feito pelo policial civil Jeovanio Vidal Griebel.

Conforme um dos laudos da Politec, o atirador efetuou ao menos um disparo de arma de fogo a pelo menos 12 metros de distância da vítima e fora do hangar em que o corpo foi encontrado.

Seu João Pinto foi ferido na altura do ombro direito.

Jeovanio foi acionado pelo cunhado Elmar Soares Inácio, com quem seu João teria um litígio fundiário, e em uma viatura descaracterizada e sem mandado, ele foi até a propriedade com outros cinco colegas.

Outro lado

A Polícia Civil se manifestou por meio de nota:

A Polícia Civil informa que o inquérito policial que apura os fatos continua em andamento na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Polícia Civil aguarda o retorno dos celulares que foram encaminhados para a perícia e também o relatório final com a análise de alguns documentos levantados durante as investigações. Com a chegada das informações, o inquérito será encaminhado para finalização.

“MidiaNews”





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