Apesar de ser ano eleitoral e a Assembleia Legislativa estar alvoroçada com dois pré-candidatos à Prefeitura de Cuiabá, os olhos dos deputados estaduais estão voltados para outra eleição, a da Mesa Diretora. Com a saída do atual presidente Eduardo Botelho (União Brasil) para concorrer ao Palácio Alencastro, tiveram início as articulações para saber quem serão os candidatos que ocuparão os cargos mais cobiçados: Presidência e 1ª Secretaria.
O movimento é pelos nomes dos deputados Max Russi (PSB) e Janaina Riva (MDB), para presidente e 1ª Secretária respectivamente. A parlamentar acredita que o fato de não ter a intenção de disputar as eleições de 2026 em busca da reeleição a deputada estadual devem ser retribuídas com apoio a sua candidatura para a Mesa Diretora. Janaina e Max já integram a Mesa desde a legislatura passada, sendo ela a 1ª vice-presidente e o parlamentar, 1º secretário.
Janaina se articula para disputar o Senado pelo MDB. Além disso, é cotada para concorrer à vice-governadora.
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Nesta semana, deputada relatou que já esteve reunida com mais 14 deputados para dialogarem sobre a eleição. Apesar do encontro, ela afirma que ainda é muito cedo para quaisquer definições.
“Bater martelo, não, porque está muito cedo, ainda tem muita água para passar embaixo dessa ponte. O que existe entre todos esses deputados é um desejo nosso de tentar construir uma eleição de consenso aqui na Casa, como já aconteceu nos últimos anos que tinha uma rixa pela 1ª secretaria antes de eu e Max, ai acabou que nesse cenário Max ganhou duas vezes. Então, agora, a gente está tentando fazer uma composição para tentar fazer aquela eleição leve que estamos desejando”, disse Janaina.
A deputada pontuou a intenção é reunir mais vezes até bater o martelo mais à frente. No momento, os pretensos candidatos estão declarando suas intenções para depois definir quais cargos pretendem disputar.
Outros nomes cogitados para 1ª Secretaria são os deputados estaduais Beto Dois a Um e Dilmar Dal Bosco. Ambos são do União Brasil.
“Ouvi falar que o Beto [Dois a Um] é candidato, ouvi falar que pode ser candidato também o Dilmar [Dal Bosco]. Outros colegas também são cogitados para serem candidatos a 1º secretário, mas até agora não conversei com nenhum deles a respeito, porque estou entendendo que naturalmente tem que colocar o nome agora quem tem vontade. Depois disso, a gente vai conversando para ir tentando ajeitar esse time ai, porque uma eleição colegiada é difícil, mas estou indo com bastante calma, com paciência, muita serenidade para ir conversando com um por um dos colegas aqui”, pontuou.
Janaina destacou a importância de cada parlamentar, afirmando a necessidade de se manter a união entre todos para que não haja um racha. Segundo ela, é impossível governar uma Assembleia desunida e acredita que os demais deputados têm essa mesma visão.
Descartando a preocupação de sofrer “uma rasteira” nas eleições, Janaina acredita que o fato de não pretender disputar a reeleição para deputada estadual abre espaço para que os parlamentares a apoiem. No entanto, ressalta que em uma eleição de Mesa Diretora tudo pode acontecer.
“Meus colegas sabem que não sou mais candidata a deputada estadual. Então, abre também um bom espaço para eles. Um grupo que é muito fiel, muito antigo. Então, a gente está construindo isso de uma forma muito leve e se você perguntar se está tranquilo, para mim está. Estou levando isso com muita tranquilidade. Agora, numa eleição de Mesa tudo pode acontecer. Já vimos tanta coisa, já vimos eleição sendo definida pela idade no empate, então tudo pode acontecer”, salientou.
A eleição da Mesa Diretora acontece em setembro, seis meses antes da posse, que será em fevereiro de 2025. O mandato é de dois anos. São sete cargos, mas os mais cobiçados são a Presidência 1ª Secretária . Como a chapa Max-Janaina deve agregar ao menos 20 colegas, acaba por anular qualquer outra pretensão de concorrência.
A próxima Mesa Diretora, para o biênio 2025-2026 terá de administrar um duodécimo anual de R$ 807 milhões no primeiro ano.
FONTE: RDNEWS