Rodinei Crescêncio/Rdnews
Oriundo do esporte, o novo secretário de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), David Moura, assegura ter competência para tratar das pautas culturais e afirma que pretende tratar igualmente as pastas durante a sua gestão. Judoca aposentado, David foi nomeado secretário no dia 20 de junho – assumindo após saída de Jefferson Neves – e deve ficar à frente da secretaria durante os próximos dois anos.
David Moura já foi vice-campeão mundial. Apesar de não ter ido para as Olímpiadas durante a carreira, o atleta já foi campeão Pan-americano em 2015, assim como garantiu medalhas nas edições seguintes. Em razão do nome consolidado no meio esportivo, o ex-atleta profissional reconhece que pode haver receio por parte de grupos ligados ao setor cultural quanto a uma possível inclinação dele em priorizar o esporte durante o seu período à frente da Secel, mas é categórico ao afirmar que fará uma gestão plena.
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Antes de assumir a titularidade da Secel, David já atuava como Adjunto de Esportes e, com o tempo passado na gestão pública, avalia ter o conhecimento suficiente da Pasta como um todo para dar seguimento aos projetos em andamento.
“Aprendi bastante, aprendi como funciona a secretaria, como funcionam os processos, conheci todas as pessoas e isso me ajuda muito. Na minha visão, o papel da secretaria é conseguir levar oportunidades para as pessoas que estão na ponta e, também, que elas entendam que têm um Estado que prioriza essas duas pautas. Não tem porquê priorizar uma à outra, porque as duas [Esporte e Cultura] têm potencial para crescer e fazer muita coisa”, afirmou, em entrevista ao
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Uma das grandes dificuldades enfrentadas pela Secel em gestões passadas era a democratização da cultura. Por um bom tempo, a pasta não parecia conseguir pulverizar os investimentos a projetos e áreas variadas, atendendo sempre aos mesmos grupos, o que parece ter mudado ao longos dos últimos anos – postura que a pasta deve manter, se depender de David.
Para o secretário, não há outra forma de garantir o acesso amplo aos recursos disponibilizados pelo Estado que não seja por meio dos editais.
“As pessoas podem falar de critérios, algumas vezes, subjetivos, mas, em teoria, o edital é para democratizar o acesso de recursos e dar a oportunidade aos melhores projetos. Da minha parte, da minha liderança, as pessoas podem esperar isso: contemplar os melhores, os mais impactantes. E não vai ter panelinha nenhuma”, destaca.
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Próximos desafios
Ainda que familiarizado, David Moura não descarta os desafios nos processos operacionais próprios da gestão pública. Com o novo cargo, o secretário relata que é aberto a críticas devido a rotina necessária de feedbacks do esporte.
“A gente aprende a valorizar muito a verdade sobre a própria situação, no que eu preciso melhorar, estando sempre atento com o que falta, ouvir o que eu tenho a melhorar, a gente se acostuma com esse tipo de feedback. Na gestão é a mesma coisa. Se eu conseguir fazer com que as pessoas do meu time se sintam abertas a me falar o que elas pensam naquela área, no que eu posso melhorar, assim nós podemos crescer”, esclarece.
A Secel já conta com projetos em andamento tanto na Cultura quanto no Esporte. Entre os próximos passos, David projeta a modernização da iluminação da Arena Pantanal e a estruturação de um complexo esportivo na região do estádio – que na visão dele, ainda é muito subaproveitado.
O estádio, aliás, foi escolhido para receber a Copa do Mundo Feminina em 2027, mas o secretário prevê a realização de melhorias para benefício dos mato-grossenses, e não apenas focando no evento que ocorre daqui a três anos.
“Temos a piscina, que está em reforma, o Palácio das Artes Marciais, toda a área do entorno que é mal aproveitada, toda essa área linda do entorno que, eu acho, não está sendo utilizada como poderia. Precisamos, sim, do esporte de alto rendimento, mas também precisa ter a família fazendo exercício físico, buscando saúde e precisamos criar atrativos para as pessoas chegarem até aqui”, finaliza.
FONTE: RDNEWS







