Senador de MT ironiza ‘candidatura’ de filho de Bolsonaro no Estado

 

O senador Jayme Campos (UB) ironizou a tentativa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), de lançar um de seus filhos para a disputa ao Senado por Mato Grosso, nas eleições de 2026. De acordo com o parlamentar, não há impedimento legal para que o integrante do clã participe da disputa, mas ele fez questão de destacar que o Estado possui nomes capacitados, brincando ainda que aqui existem mais candidatos do que eleitores.

Jair Bolsonaro e o Partido Liberal devem lançar praticamente toda a família do ex-presidente para concorrer ao Senado em 2026. Filho mais velho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) completará oito anos de mandato em 2026 e concorrerá à reeleição pelo Rio de Janeiro.

Já Carlos Bolsonaro, que atualmente é vereador na cidade do Rio de Janeiro, não possui sua situação definida. De acordo com parlamentares que têm amplo acesso ao ex-presidente, ele também pode concorrer ao Senado — mas não em terras fluminenses, onde dividiria os votos familiares com o irmão Flávio.

As hipóteses levantadas seriam estados como Santa Catarina e Mato Grosso, que são considerados os estados mais bolsonaristas do Brasil. Em 2022, o ex-presidente teve 69,3% dos votos de Santa Catarina, contra 30,7% de Lula. Em Mato Grosso, Bolsonaro teve 65%, contra 35% do petista. Apoiadores de Carlos Bolsonaro acreditam que ele se elegeria senador sem nem mesmo sair de casa.

No entanto, um dos adversários poderá ser justamente o atual senador Jayme Campos, que não descarta disputar o cargo novamente em 2026, quando acaba seu mandato. O parlamentar do União Brasil afirmou que sequer acredita que a hipótese seja levada adiante, mas que se o plano seguir, o integrante do clã Bolsonaro não terá tanta facilidade em Mato Grosso.

“Tem alguns comentários por aí, mas acho que a decisão que será tomada é se ele será candidato, o que eu não acredito, até porque você precisa ter algum serviço prestado ao estado. Mato Grosso tem mulheres e homens suficientes e com capacidade para representar a população no Senado e na Câmara. No entanto, se for desejo dele, não há impedimento legal para que ele transfira o título dele para cá, more aqui e consequentemente, tente se candidatar. Mas aqui está sobrando gente. Tem mais candidato do que eleitor”, afirmou.

FONTE: Folha Max

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