Perícia usa imagens de câmeras para investigar onde o incêndio começou | RDNEWS

As equipes da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) vão analisar as imagens das câmeras de segurança do Shopping Popular para descobrir onde o foco do incêndio começou. O fogo atingiu o prédio na segunda-feira (15) e destruiu toda a estrutura. Mais de 600 lojas foram destruídas.

Rodinei Crescêncio/Rdnews

Segundo o perito criminal Marivaldo Rocha, a área administrativa, onde o sistema de câmeras fica, foi preservado e não foi afetado pelo incêndio.

Após as análises das imagens do circuito de monitoramento, os profissionais vão até o local onde o foco de calor possa ter iniciado para averiguar a região. “A gente vai descobrir o que de fato aconteceu, olhando a fiação, instalações, se foi um curto circuito, se foi acidental ou criminoso”, explica.

Além disso, as imagens também vão servir para mostrar se houve circulação de pessoas no local antes do incêndio. “A gente tem as imagens externas, para verificar se houve arrombamento, se houve circulação de pessoas antes do incêndio. Mas a gente ainda está nessa análise ainda”, salienta.

O andamento da perícia é feito de acordo com a retirada dos escombros. Os trabalhos devem terminar em cerca de 10 dias e o relatório pericial deve ficar pronto em 30 dias, segundo o perito. “O pessoal retira a cobertura, retira a estrutura e a gente vai periciando de acordo com o andamento das remoções dos escombros”.

“A gente está analisando, estimamos que no máximo uns 10 dias terminamos a perícia. Depois tem um prazo para a conclusão do laudo, que deve ficar pronto em uns 30 dias”, termina.

Alunos são levados até o local

Novos peritos que estão ingressando na Politec e estão na fase das aulas teóricas foram levadas até o local do incêndio para um treinamento, nesta quarta-feira (17). Os alunos tiveram a chance de acompanhar os trabalhos e ter uma noção de como é realizada uma perícia de incêndio.

“Vim com os alunos novos, é bom trazê-los aqui pra explicar o que a gente vai fazer, todo o procedimento para eles terem noção já na prática. A gente dá aula teórica, mas nós precisamos de prática e aqui a gente explicar os perigos, os riscos que têm, como é que o perito procede para entrar num local desse”, explica o perito Marivaldo.

“O fato sendo usado didaticamente pela Politec. Viemos aproveitar antes de alguém mexer nas paredes, que estão com risco de desabamento, então eu gostaria que eles viessem pra ver antes a gente começou a mexer como a gente chegou no local e encontrou. E a gente vai ficar voltando com eles aqui ao longo da perícia”, conclui.

Não há indícios de crime, diz delegado

O delegado Celso Gomes, responsável pela investigação do incêndio no Shopping Popular, afirmou que duas pessoas já foram ouvidas pela Polícia Civil e, por ora, não há indícios de que o ato tenha sido criminoso.

Uma das pessoas que prestou depoimento foi um dos seguranças, que estava no local quando o fogo começou. As oitivas com o trabalhador confirmaram a origem da fumaça do lado de dentro do shopping, entre o forro de gesso e a laje do piso superior, onde passam a parte elétrica e tubulação de água.

“Não há como falar em ‘erro’ na parte elétrica. Pode ser pane em algum motor de porta automática, aparelho de ar condicionado, bomba d’água, super aquecimento na fiação, etc. Talvez a perícia encontre algo”, afirma o delegado.

“Não há como falar em ‘erro’ na parte elétrica. Pode ser pane em algum motor de porta automática, aparelho de ar condicionado, bomba d’água, super aquecimento na fiação, etc. Talvez a perícia encontre algo”, afirma o delegado.

FONTE: RDNEWS

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