O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, pronunciou a júri popular o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 50 anos, pelo assassinato da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48, ocorrido em 2023.
A decisão foi tomada na última semana e ainda não há data para o julgamento. O processo corre em segredo de Justiça.
O MPE (Ministério Público Estadual) denunciou o ex-PM pelos crimes de feminicídio, estupro, fraude processual e ocultação de cadáver.
A Defensoria Pública, que faz a defesa Almir, chegou a pedir a absolvição alegando que ele seria esquizofrênico, a partir de um laudo de 2016.
Para o promotor do caso, Jorge Paulo Damante Pereira, o pedido de absolvição foi “descabido”, demonstrando uma clara “tentativa de manipular o Poder Judiciário”.
O caso
A advogada morreu na madrugada do dia 13 de agosto de 2023, após ter se negado a manter relações sexuais com Almir. Conforme a investigação da Polícia Civil, foi nesse momento que ele decidiu matá-la.
Após uma sessão de espancamento, conforme a acusação, o assassino a asfixiou até a morte.
Eles tinham se conhecido na noite anterior, em um bar de Cuiabá.
De acordo com a Polícia, o ex-PM manteve o corpo da advogada em sua casa por cerca de 6 horas. Por volta de 8h30, saiu do imóvel no carro de Cristiane, e com a vítima dentro, foi até o Parque das Águas, onde abandonou o veículo.
Em seguida, Almir chamou um carro por aplicativo e retornou a sua casa. Momentos depois, ele chamou sua namorada para a residência, segundo a Polícia, na tentativa de criar um álibi.
O corpo foi encontrado pelo irmão de Cristiane. Almir teria colocado óculos escuros nela e a deixado deitada no banco do passageiro. Sem saber o que havia acontecido, o irmão dela entrou no carro e dirigiu até o CHC (Complexo Hospitalar de Cuiabá), onde foi constatada a morte.
FONTE: MIDIA NEWS








