Ex-deputado federal, o pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Victório Galli (DC) simplesmente “esqueceu” que para participar de debates da televisão e rádio é necessário que o partido tenha, no mínimo, cinco representantes no Congresso Nacional, algo aprovado pela Câmara Federal em 2015, quando ele estava integrava a bancada federal mato-grossense e votou a favor das mudanças.
Até as eleições de 2014, os candidatos à presidência, governo e prefeitura só podiam participar dos debates na TV e rádio se os seus partidos tivessem pelo menos nove representantes somados pela Câmara dos Deputados e Senado. Em 2018 as regras mudaram e a exigência diminuiu para cinco. No momento, o Democracia Cristã não possui nenhum senador ou deputado federal.
O ex-parlamentar se mostrou surpreso com a resolução aprovada por ele mesmo em 2015. “Ué, e não pode? E como é que fica a minoria? É chutada? Hã? Não é essa questão de debate, quem está concorrendo tem o direito de colocar suas propostas. Eu não me lembro de ter votado essa lei, não”, disse Victório Galli ao ser questionado em entrevista na Rádio Cultura, na última quinta-feira (1º), sobre como irá fazer para alavancar seu nome, uma vez que não terá muito tempo de propaganda eleitoral.
Após dizer que não se recorda ter votado a resolução, Galli voltou atrás e disse que pode ter votado a minirreforma eleitoral, mas que essa questão do debate, segundo ele, estava como um “jabuti”, ou seja, escondido no texto de outra proposta votada e ele talvez não tenha percebido naquele momento.
“A reforma que votamos foi a questão da igualdade de dinheiro, de recurso, aquela questão do fundão, mas a questão do tempo não entrou na na na situação não. Se entrou foi um jabutizinho mesmo, que você vê por lá, mas é assim mesmo”, comentou.
MEU NOME É GALLI! – Ainda sobre a propaganda eleitoral, o conservador brincou que fará igual o ex-deputado federal Enéas Carneiro (Prona) que tentou ser presidente do Brasil nos anos 1990. Ele tinha poucos segundos de tela e apenas dizia “meu nome é Enéas”. O político ficou conhecido também por defender a construção da bomba nuclear brasileira, e outras bandeiras nacionalistas.
Tentou por três vezes ser presidente e cravou o 4º lugar nas três disputas. Apenas em 2002 foi eleito deputado federal e reeleito em 2006, mas não concluiu o segundo mandato porque morreu de leucemia em maio de 2007. “É que nem o Enéas, vou falar meu nome é Galli! A gente tem que aproveitar essas oportunidades de falar com o pessoal”, asseverou.
FONTE: Folha Max








