Partido político não é brincadeira, diz Fávaro sobre postura de Wilson Santos | RDNEWS

Presidente do PSD em Mato Grosso, ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro, defendeu a decisão do  diretório municipal de destituir o deputado estadual  Wilson Santos da presidência após declarar apoio a pré-candidatura do presidente da Assembleia Legislativa  Eduardo Botelho (União Brasil) à Prefeitura de Cuiabá. Para Fávaro, Wilson Santos comete infidelidade partidária ao não apoiar o  deputado Lúdio Cabral (PT), pré-candidato da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), conforme compromisso assumido pelo partido  nas eleições municipais deste ano.

Caroline De Vita

O ministro deixou claro que o acordo feito com o presidente da República  Lula (PT) para apoiar o pré-candidato da Federação se deu porque o PSD não iria lançar nenhuma pré-candidatura na Capital e que todos os filiados sabiam disso. De acordo com Fávaro todos foram informados do  compromisso de apoiar o nome da Federação Brasil da Esperança.

“Eu dei a palavra ao presidente Lula. De lá até as convenções, ninguém foi surpreendido. Eu falei isso, por exemplo, à nossa chapa de vereadores, os pré-candidatos tinham, em março, a oportunidade de escolher para qual sigla partidária, para que campo ideológico iriam, não teve surpresa. Quem ficou aqui no PSD sabe qual é o rumo da política. Eu não escondi de ninguém. Agora, desrespeitar isso é desrespeitar a sigla partidária. Por isso o Wilson foi destituído da presidência municipal e tantas quantas sanções forem necessárias para membros do partido durante o processo eleitoral serão tomadas com muita tranquilidade”, afirmou Fávaro.

Além disso, Fávaro  lembrou  que, às vezes, ocorre das conjunturas não darem certo e, nesses casos, os filiados acabam sendo liberados para apoiarem candidatos de outras coligações. No entanto, diz  este não é o caso do pleito municipal deste ano porque o acordo feito com o presidente Lula já estava valendo desde janeiro passado.

“Partido político não é instrumento de brincadeira. Não é usar o partido para só viabilizar a sua candidatura, não. Partido político é uma instituição a onde você se identifica. Existe uma situação que é recorrente na política que é da impressibilidade, do imprevisto. Em determinado momento as conjunturas mudam a direção e aí neste momento a gente precisa ter razoabilidade. Muitas vezes não dá certo uma construção, um palanque, e aí você tem que respeitar as particularidades […] essa eleição em Cuiabá não teve nenhum ato improvisado”, explicou.

Sobre uma possível penalização do Wilson por infidelidade partidária por conta do apoio a Botelho, Fávaro disse que é um caso que ainda precisa ser analisado. Neste sentido, reafirma  que política precisa ser tratada com o devido respeito.

“Eu não vi o ato ainda, mas a medida de se caracterizar contra o regimento do partido, medidas serão tomadas. Não só para os dois, como também para os pré-candidatos a vereadores. Convenção é algo muito sério, muito forte da nossa democracia, não é um ato banal, um ato que se desrespeita, nós precisamos começar a tratar política com o devido respeito”, concluiu o ministro.

Após a destituição de Wilson da presidência do PSD municipal, o cargo passou a ser ocupado pelo suplente de vereador Raufrides Macedo, que migrou do PV para o PSD. O ex-dirigente, por sua vez, já está atuando na coordenada da pré-campanha de Botelho.

 

FONTE: RDNEWS

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